História e evolução do Made in Brazil

Organização de esportes eletrônicos mais tradicional do Brasil

Divulgação / mibr

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A HISTÓRIA DOS ESPORTES ELETRÔNICOS

Para contar a história do Made in Brazil, precisamos voltar no tempo, relembrar como surgiram os esportes eletrônicos no mundo. Cerca de meio século atrás, no ano de 1972, foi realizado o primeiro campeonato de esports, denominado “Intergalactic Spacewar Olympics”  e organizado na Universidade de Stanford na Califórnia-EUA.

Esse é o primeiro registro de um campeonato no moldes que encontramos hoje, claro que de uma forma mais amadora, porém para se tornar o espetáculo que vemos nos dias atuais, os esportes eletrônicos precisaram passar por momentos difíceis.

Oito anos após o primeiro campeonato registrado de esports, em 1980, a Atari promoveu o Space Invaders Championship, considerado o primeiro grande torneio de esportes eletrônicos, com a participação de cerca de 10 mil competidores de várias regiões dos Estados Unidos.

A efeito de comparação, a EVO 2023 uma das maiores competições de esports nos dias atuais, contou com 9,8 mil participantes nos 8 jogos do torneio.

Este é um dos registros do primeiro campeonato de esportes eletrônicos no mundo. Reprodução/namraka

Este é um dos registros do primeiro campeonato de esportes eletrônicos no mundo. Reprodução/namraka

Em 1981, o historiador Walter Day, criou o Twin Galaxies, um banco de dados que rapidamente se tornou referência mundial ao registrar os maiores recordes de videogames, funcionando como uma espécie de "Guinness Book" dos esportes eletrônicos. Até hoje, o Twin Galaxies é amplamente reconhecido como a principal autoridade nesse tipo de registro, com suas marcas sendo publicadas até no próprio Guinness.

Já em 1988, foi lançado o Netrek, um jogo online que permitia a participação de até 16 jogadores em uma mesma partida. Durante os anos 90, com o avanço da internet, o jogo cresceu em popularidade, chegando a ter uma base ativa de 5 mil jogadores. No ano de 1993 a revista Wired classificou o Netrek como o primeiro esporte online, que  posteriormente viria a ser chamado de esports. 

Jogo online Netrek Reprodução / Netrek

Jogo online Netrek Reprodução / Netrek

Ainda na década de 90, surgiu o Nintendo World Championships, uma competição itinerante realizada em diversas cidades dos EUA, culminando com a final sediada na Califórnia. Em 1994, houve a segunda edição do torneio, denominada Nintendo PowerFest 94.

A partir dos anos 2000 o cenário mudou, com a internet banda larga, o número de campeonatos e times de esportes eletrônicos cresceu. Também  foi nesse período que foram fundadas três das maiores organizações de esports do mundo, a  Electronic Sports League (ESL), a Major League Gaming (MLG) e a World Cyber Games  (WCG)

Já no Brasil, o surgimento dos esports está ligado ao aumento na quantidade  de lan houses no país. A partir dos anos 2000, era comum jovens se reunirem para disputar e  organizar torneios de jogos como Counter-Strike 1.6, Warcraft 3 e Age of Empires. Durante essa década que o protagonista desta reportagem aparece! O MIBR nasceu em 2003, sendo uma das organizações pioneiras nos esportes eletrônicos.

Divulgação / mibr

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Reprodução / HLTV

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Divulgação / MIBR

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O JORNALISMO NOS ESPORTES ELETRÔNICOS

O início da popularização:

Desde 1993, a ESPN, canal de televisão dos Estados Unidos, começou a transmitir competições de TCGs (jogos de cartas de fantasia) e vídeo games como Street Fighter e Tekken, tanto nos EUA quanto na Europa. 

Cada torneio organizava suas transmissões de forma independente, seja por meio de sites próprios ou pelo próprio jogo. Em 2011, porém, o lançamento da Twitch.tv mudou esse cenário. A plataforma de livestreaming permitiu que qualquer pessoa criasse uma conta e iniciasse transmissões ao vivo de jogos, desde partidas casuais até grandes competições de esportes eletrônicos. A Twitch rapidamente se consolidou como um ponto central para essas transmissões, hoje vista como a "ESPN dos esports" no cenário internacional.

Ink Drop / Shutterstock.com

Ink Drop / Shutterstock.com

No Brasil, alguns torneios chegaram até mesmo à televisão, como é o caso do CBLOL, transmitido pela SporTV desde 2016. Com cerca de 7,6 milhões de fãs de esports, de acordo com a Newzoo, o Brasil se destaca como o país com maior audiência de esports no Ocidente, ocupando o terceiro lugar mundial. Esse sucesso também se reflete no desempenho de equipes brasileiras em competições internacionais, o que acompanha o crescimento da audiência e das receitas no setor.

As transmissões têm uma estrutura formada por jogadores, narradores, comentaristas, técnicos e, sobretudo, pelos fãs. Esses torcedores, que muitas vezes não conseguem estar presentes nos eventos devido à lotação ou à distância, acompanham as competições ao vivo de onde estão, comentando os acontecimentos nas redes sociais. Além disso, compartilham imagens e clipes das partidas, utilizando seus smartphones ou computadores para se conectarem aos servidores das organizações responsáveis pelos campeonatos, que transmitem os eventos em tempo real.

Para esclarecer, as transmissões dos torneios de esports são realizadas por uma empresa ou organização privada. Toda a infraestrutura necessária, como a contratação de profissionais, a narração, os equipamentos de transmissão e filmagem, além da escolha dos apresentadores, é responsabilidade desta organização. 

Os veículos de comunicação tradicionais ou streamers que desejam cobrir o evento, dependem das imagens fornecidas pela empresa responsável. Dessa forma, tudo relacionado à cobertura do evento é planejado por quem organiza o torneio, qualquer streamer ou veículo que queira fazer uma cobertura independente, precisa obter os direitos de uso dessas imagens.

Revista "Gamers" popular nos anos 90

Revista "Gamers" popular nos anos 90

Antes do advento da internet, revistas como a Gamers e a Ação Games, populares nos anos 1990, já cobriam temas relacionados a videogames no Brasil. No entanto, com a internet, surgiram novos canais especializados em esports, beneficiando-se da rapidez e da facilidade proporcionadas pelas plataformas digitais.

“É um momento diferente, se você almeja uma vaga numa grande redação, “quero trabalhar na Globo e falar sobre esports”, “quero trabalhar na ESPN, quero falar sobre esports”, “quero trabalhar no UOL, falar sobre esports”, essas vagas não existem mais, mas a gente passa por um momento que a cobertura está ficando mais nichada”, disse Roque Marques, Editor Chefe do portal Dust 2 BR, site especializado em Counter-Strike.

O jornalismo especializado tem se tornado cada vez mais relevante em um cenário de segmentação de públicos, onde a demanda por conteúdos específicos e aprofundados cresce em diversas áreas, como economia, cultura e esportes. Ao contrário do generalista, o jornalista especializado possui conhecimentos mais profundos em determinado tema, o que o capacita a tratar com precisão e clareza assuntos complexos, oferecendo uma cobertura mais qualificada e relevante para audiências fragmentadas.

“Não é uma questão exclusiva dos esports, acho que todo jornalismo no geral está ficando cada vez mais nichado, mais personalizado, eu mesmo sou meio que um fruto disso, as pessoas querem a informação de uma pessoa. Que aquela pessoa traga aquilo. Que seja um negócio feito pra ela ali. Eu gravando um vídeo, olhando no olho dela e falando aquilo, ou ela lendo a minha matéria, então as coisas estão cada vez mais personalizadas, mais nichadas e a gente vive um reflexo disso”, comentou Marques.

Do começo, até hoje, podemos dizer que as grandes redações de jornalismo no Brasil, como Globo, SporTV e ESPN perderam um pouco do interesse em Esportes Eletrônicos, porém isso abriu margem para que redações mais especializadas nos assuntos cresçam de forma constante. 

“Claro que é muito ruim porque as redações fecharam, né, três redações grandes de esports fecharam, o The Enemy, a Globo e a ESPN, mas outros veículos nesse período foram se fortalecendo, então, assim, se você olhar um panorama geral de número de vagas, número de pessoas empregadas, as coisas não pioraram tanto, se a gente comparar, mas é claro, pra quem almejava uma carreira mais estável e mais com cara de jornalismo esportivo, mais com cara de jornalismo tradicional, já é bem diferente. Hoje, dificilmente você vai conseguir essa vaga de grande redação, se você conseguir, você vai ficar bastante isolado”, disse Roque.

Os esports deixaram de ser vistos como simples "joguinhos" e passaram a ser reconhecidos como um campo profissional. Em uma cobertura de um campeonato internacional, por exemplo, milhões de dólares são investidos para garantir a transmissão ao público, o que evidencia o enorme consumo dessa modalidade. Além disso, há uma grande quantidade de patrocinadores envolvidos, diversos veículos de mídia cobrindo o evento e, claro, prêmios consideráveis para os competidores.

Roque Marques, jornalista e editor chefe do portal "Dust 2 Brasil" Reprodução / Redes Sociais

Roque Marques, jornalista e editor chefe do portal "Dust 2 Brasil" Reprodução / Redes Sociais

“Você agora um movimento de bet muito forte, com a regulamentação a partir do ano que vem, várias casas abrindo e com os esports sendo um terreno muito fértil para essas casas, as grandes redações podem ver nas bets um jeito fácil de financiar o jornalismo de esports mais uma vez. Vai ser cada vez mais relevante quem tem conteúdo sobre esports e consegue vender isso pras casas, na HLTV por exemplo, você tem dezenas de casas, na Dust a gente tem hoje pelo menos nove casas anunciando, então é muita gente, é muita grana, proporciona que a gente tenha um salário, uma estrutura pra fazer viagem, pra comprar equipamento e tudo mais, então assim, pode ser um motivo de fazer com que as redações voltem, pensando rapidamente assim, eu consigo pensar em betting”, disse o jornalista.

Segundo os profissionais da área, apesar do cenário jornalístico de esportes eletrônicos ter ganhado destaque nos últimos anos, ainda é um cenário muito novo que precisa de adaptações e melhorias por parte dos profissionais da área.

“A cobertura de esports, no geral, é bem ruim, por isso que eu sempre falo, dá pra ser muito melhor se você, mesmo que é difícil no começo, eu sei, às vezes você é muito bom, não consegue uma oportunidade, mas, cara, se você for bom, você vai, chegar, tá ligado? A gente não tem uma gama muito grande, a gente não tem mais do que, sei lá, cinco, seis jornalistas de esports bons pra caramba no Brasil. Não tem, pode falar o que for, infelizmente, isso não acontece. Então, cara, se você for verdadeiramente bom, tiver comprometido, lógico, vai ter que rebolar, achar suas fontes, vai ter que dar um jeito de trazer essa relevância pra você… A imprensa (de esportes eletrônicos) não quer tratar de nenhum assunto minimamente controverso. Pra ficar bem com os times, com os organizadores e com não sei o que lá… Acho que é isso que falta nos esportes, as vezes, o cara fica muito com medo do que o Fallen (jogador de CS) vai achar, do que o Felipe (CEO Imperial) vai achar, do que a Roberta (CEO MIBR) vai achar, esquece de fazer o trabalho dele, que é jornalismo”, comentou Roque.

A evolução do jornalismo de esportes eletrônicos reflete o crescimento desse setor como uma indústria global. Com plataformas de streaming como a Twitch.tv e a profissionalização das competições, os esports deixaram de ser um nicho e se consolidaram como um fenômeno cultural e econômico. 

A tabela apresenta os cinco torneios com maior pico de espectadores ("Peak Viewers" ou PV) relacionados ao time de esportes eletrônicos MIBR. Esses dados destacam a popularidade de eventos específicos ao longo dos anos, mostrando o engajamento significativo do público nos campeonatos de esports.

Divulgação / Esports Charts

TOP 5 torneios com mais visualizações do MIBR de acordo com a Esports Charts. Divulgação / Esports Charts

TOP 5 torneios com mais visualizações do MIBR de acordo com a Esports Charts. Divulgação / Esports Charts

No Brasil, a audiência massiva e o desempenho de equipes como o MIBR são evidências de que esse mercado está em plena ascensão. No entanto, o jornalismo especializado ainda enfrenta desafios, como a falta de patrocínios e a necessidade de uma cobertura mais crítica e profunda.

Para o futuro, o papel dos jornalistas será crucial na construção de uma narrativa mais qualificada, que consiga equilibrar a paixão dos fãs, a integridade jornalística e o profissionalismo que esse segmento demanda.

Divulgação / ESL

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Divulgação / MIBR

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FEITOS NO BRASIL

Um amor entre pai e filho

Para contar a história do MIBR precisamos voltar um ano antes de sua fundação. O ano era 2002 e um time da zona sul do Rio de Janeiro começou a chamar a atenção no mundo competitivo.

O chamado “Arena” se classificou para a CPL (Cyberathlete Professional League) Summer 2003, um dos principais torneios do circuito competitivo da época. O campeonato estava marcado para acontecer nos Estados Unidos, mas precisamente em Dallas.

Se hoje em dia, 22 anos depois, times profissionais ainda têm dificuldades em arrumar patrocínio para ter uma boa estrutura e fazerem viagens pelo mundo, naquela época as dificuldades eram duplicadas. O Arena tinha em sua “line” os cinco jogadores, Eduardo “corassa”, Carlos “KIKOOOO”, Eduardo “eduzin”, Rafael "pred" Velloso e o norueguês Jonas “bsl” Alsaker

Abaixo um print de uma partida disputada pelo "Arena" no CS 1.6.

Print de uma partida disputada pelo "Arena" ainda no CS 1.6 - Reprodução

Print de uma partida disputada pelo "Arena" ainda no CS 1.6 - Reprodução

"Pred" viu em seu pai, uma oportunidade de conseguir realizar o sonho de viajar para Dallas e disputar o tão sonhado campeonato de Counter - Strike. É aí que o nosso protagonista entra na história. Paulo “Pvell” Velloso era empresário e recebeu do filho a seguinte missão: Bancar os custos da viagem de "Pred" e dos outros quatro jogadores do time.

“Ele chegou pra mim e falou assim, "Pô, pai, ganhei um torneio que me dá o direito de ir para Dallas". Eu falei, "pô, que legal", não sabia nem de que que era, né? E deixei pra lá. Aí ele veio, "pô, pai, você não entendeu, precisa pagar a minha passagem". Eu falei, "tá legal, eu pago a sua passagem se você estudar", pensei, vou fazer uma chantagem rapidinha com ele, eu pago a sua passagem se você estudar. Mas aí ele chegou e falou, "não, não é a minha só, é a do time inteiro". Eu falei, "são quantos?" Ele me respondeu, "são cinco. Cinco passagens para Dallas", ele devia estar ficando maluco. Aí ele explicou que era legal, que ele ia me dar um toque de como é que funcionava, que era cheio de tecnologia. Eu falei, "ah, tá legal, vou aumentar essa chantagem, né? Se você passar direto (na escola), vai ter o patrocínio para todos." Nem chamava de patrocínio, já falava, vai o pagamento pra vocês viajarem aí. E aí o cara deu uma zebra e ele passou direto mesmo. Aí promessa é promessa, não tem dúvida, paguei a passagem dos cinco”, contou Pvell.

"Pred" no evento de retorno do MIBR Reprodução / Draft5

"Pred" no evento de retorno do MIBR Reprodução / Draft5

Mesmo de longe, "Pred" passou as informações de como acompanhar o campeonato, Paulo ficou no Rio de Janeiro e viu o seu filho ficar entre os 12 melhores do primeiro campeonato internacional disputado por ele. 

“Acompanhei pelo “MIRK”, ele te contava a história, aí você conseguia ver o jogo aqui e acompanhar, aí que você começa a entender mesmo como é que é a coisa, é bastante dinâmica, pra mim, era uma novidade, você conseguia ver o jogador X, o setor Y, o que você quisesse, as estatísticas todas, tudo saindo direto de lá. E aquilo me chamou a atenção e eu fiquei fascinado!” Disse Paulo.

“Não eram só cinco passagens, ainda tinha que dar uma grana pros moleques comerem, sobreviverem lá. Aí ele chamou isso de patrocínio e ficou “Arena.dba” (DBA era o nome da empresa de Paulo Velloso na época). Mas quando ele voltou eu fiquei tão fascinado com o negócio que eu grudei neles e falei: vamos continuar isso.”

Paulo "Pvell" Velloso em uma entrevista para o programa E-Sportv - Reprodução / E-Sportv

Paulo "Pvell" Velloso em uma entrevista para o programa E-Sportv - Reprodução / E-Sportv

O nome "Arena" veio em inspiração a lan house que os meninos jogavam no Rio de Janeiro, então logo quando eles voltaram de Dallas, Paulo convocou todos para uma reunião em seu apartamento, a missão era decidir o novo nome do time, para não ficar fazendo "propaganda" para a lan house.

“Ficou aquele brainstorming, né? Todo mundo falando um monte de besteira (risos). Esse nome tá horrível, outro nome tá horrível. Até que o Eduardo “corassa” falou, "pô, Made in Brasil". Acabou na hora, decidimos o nome e foi o que todo mundo falou, é um nome que une muito.” Contou o empresário.

Time do MIBR em um jantar - Arquivo pessoal

Time do MIBR em um jantar - Arquivo pessoal

Foi aí que em 1° de março de 2003 surgiu a tag brasileira mais importante dos esportes eletrônicos, o Made in Brazil, mais conhecido como MIBR. A organização comandada por Paulo Velloso abriu um “QG” na Barra da Tijuca para que os jogadores pudessem treinar, o local contava com doze computadores, algo que para a época era muito acima da realidade, já chamando a atenção para o time por conta da sua profissionalização e estrutura.

O MIBR durante toda sua história passou por muitas mudanças em sua escalação. E uma das mais marcantes e não poderia ser diferente, foi a saída de "Pred" da line principal, o filho de "Pvell", resolveu parar de jogar e ajudar seu pai na parte administrativa da equipe.

Ele saiu assim que o Made in Brazil ganhou a CPL Brasil em 2005, um grande campeonato da época. Essa foi a primeira grande conquista do MIBR. O torneio reuniu alguns dos principais times brasileiros, como MIBR, g3x e GameCrashers, além de equipes internacionais de destaque, como SK Gaming e SSV Lehnitz. 

A formação principal do MIBR era Marcus "xed", Raphael "Cogu", Carlos "KIKO" Segal, Rafael "pred" Velloso e Eduardo "eduzin" Chagas. O time levou para casa o prêmio de US$12 mil pela vitória.

Além da CPL Brasil em 2005, a equipe ainda conquistou logo em seguida a CPL Chile, o MIBR foi novamente campeão invicto, levando US$10 mil para a casa. Nesse torneio, o time era formado por Wellington “ton”, Rafael “pava”, Thiago “btt”, Raphael "Cogu"e Eduardo "eduzin" Chagas.

Mesmo com a ausência do seu filho na equipe, Paulo Velloso continuou investindo forte no MIBR e também na fomentação do cenário brasileiro de Esportes Eletrônicos.

“A gente fazia torneio em São Paulo também, torneio do MIBR, quer dizer, do MIBR e meu, que eu fazia em São Paulo, para os times se encontrarem mesmo. Para os times terem, mais eventos para comparecer. Porque também não era como é agora. Você tinha os grandes, que eram a WCG, a SWC, a CPL, acho que só eram os três grandes. E tinha locais, como a Dreamhack que era lá na Suécia. E Dreamhack tinha Summer e Winter, eram os dois.” Comentou Pvell.

Corassa - KIKO - Pred - Pava - e o irmão do Corassa, Logan Divulgação / MIBR

Corassa - KIKO - Pred - Pava - e o irmão do Corassa, Logan Divulgação / MIBR

Alguns times surgiram após os torneios que o empresário organizava, muitos deles sendo apadrinhados pelo próprio MIBR. Desses campeonatos, nasceram o MIBR.sp, onde tinham jogadores apenas do estado de São Paulo e o MIBR.rj.

Divulgação / MIBR

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Item 1 of 3

Latin Cup 2004

Latin Cup 2004

CPL WINTER 2003

CPL WINTER 2003

LATIN CUP 2004

LATIN CUP 2004

O SONHO QUE SE TORNOU REALIDADE!

O PRIMEIRO E ÚNICO TIME BRASILEIRO CAMPEÃO MUNDIAL DE COUNTER-STRIKE.

PRIMEIRO BRASILEIRO CAMPEÃO MUNDIAL

Desafio Shuttle

No final de 2005, Paulo Velloso, notou que a equipe formada em São Paulo estava tendo resultados melhores que a line principal do MIBR. Porém o empresário sempre prezou pela meritocracia, jamais iria mexer em uma peça sem antes dar uma chance para quem estava jogando.

Foi quando surgiu o desafio Shuttle (Shuttle era um tipo de PC, menor do que os normais e mais potente), o desafio tinha como prêmio, virar a line principal do MIBR com todos os patrocínios e benefícios que o time tinha, além de ganhar os computadores dos jogadores que estavam na line titular da época.

“Rolou essa meritocracia, o MIBR São Paulo deu um show lá, ganhou de todo mundo. Aí fechou, é o novo time. Isso era final de 2005”, contou Paulo.

O campeonato tinha três equipes participando, o MIBR São Paulo, MIBR Rio de Janeiro (titular da época) e o MIBR que contava com jogadores de diversos lugares do Brasil. A equipe de São Paulo foi tão dominante que não perdeu nenhum mapa, venceu e convenceu.

O quinteto vencedor original da capital paulista era formado por: Bruno “ellllll” Ono, Renato “nak” Nakano, Lincoln “fnx” Lau, Raphael "Cogu", Carlos "KIKOOOO". Esses que mais tarde se consagraram como os primeiros brasileiros campeões mundiais de Counter-Strike.

A HISTÓRIA FOI ESCRITA: ESWC 2006

A caminhada para o tão sonhado título mundial começou no dia 02 de julho de 2006, nesta data iniciou o qualify brasileiro para a ESWC. A Esports World Cup era considerada o principal campeonato mundial de esportes eletrônicos no mundo.

A competição reunia os melhores jogadores do planeta em diversos jogos, olhando para o Counter-Strike, jogo que o MIBR disputava, o campeonato era considerado um "major"(campeonato mais importante no ecossistema de competições do Counter-Strike) da época.

No classificatório tinham três equipes do MIBR disputando, mibr.sp, mibr.rj e mibr.rj², os meninos de São Paulo logo na primeira partida enfrentaram os compatriotas do Rio de Janeiro, a segunda line carioca era formada por "Small", "Rumbel", "Millo", "Marc" e "Dctr".

Equipe do MIBR em Paris para a disputa da ESWC 2006 - Divulgação / MIBR

Equipe do MIBR em Paris para a disputa da ESWC 2006 - Divulgação / MIBR

Os paulistas venceram a partida por 16 a 11 e avançaram para as quartas de finais, onde venceram a equipe da "Selfd" por 16 a 5, na Semifinal o MIBR enfrentou a "GC" time de "Bit1" e foi outro placar elástico  venceram por 16 a 6.

Na upper final, o MIBR enfrentou os grandes arquirrivais da "G3X", time da figura ilustre Alexandre "Gaules" Borba e novamente venceram a partida, na grande final e partida que daria vaga para o mundial, o MIBR.sp enfrentou os coirmão do Rio de Janeiro, o MIBR.RJ.

Essa foi a partida mais difícil de todo o campeonato, os paulistas venceram no overtime por 19 a 17, carimbando a vaga para a França e se consolidando como a principal line do Made in Brazil.

Antes de chegar na França o MIBR fez uma parada na Suécia. O time ficou um mês em um Bootcamp focado no mundial, treinando contra os melhores times do mundo e pegando experiência para a competição mais importante da sua história. O período de treinamento em Estocolmo foi fundamental para a conquista do título.

Já na França a competição tinha as seguintes regras: A primeira fase era dividida em grupos de seis a oito times e os dois primeiros times de cada grupo se classificavam para a segunda fase, o MIBR ficou em primeiro do seu grupo com quatro vitórias e um empate.

Na segunda fase também dividida em grupos, porém agora de quatro equipes, o MIBR também garantiu a primeira colocação com duas vitórias e uma derrota, classificando para os playoffs da competição.

Nos playoffs, quem perdia era eliminado e quem vencia avançava de chave, foram oito times classificados para a fase final do campeonato e os mapas já eram pré-definidos antes, diferente dos dias atuais, os mapas do competitivo eram apenas,  “de_dust2, de_nuke, de_train, de_cbble, de_inferno”.

MIBR no qualify brasileiro para a ESWC 2006 - Divulgação / MIBR

MIBR no qualify brasileiro para a ESWC 2006 - Divulgação / MIBR

No jogo das quartas de finais, o time brasileiro enfrentou os espanhóis da "X6tence", como uma certa superioridade o MIBR venceu a partida por 16x05 no mapa da Nuke e se classificou para a semifinal do mundial. Começava aí o jogo mais dramático de toda a competição para o Made in Brazil.

No jogo mais pegado de toda a competição o MIBR venceu no overtime por 19x16 o time alemão da "ALTERNATE aTTaX", porém nessa MD1 o jogador de 16 anos do MIBR chamado de "Fnx" fez sem querer uma flashbang bugada, proibida no mundial.

Os alemães exigiram a desclassificação dos brasileiros, por conta da jogada de "fnx", foi preciso muita conversa com a organização para explicar a jogada, provar que nada daquilo foi proposital, adicionado ao fato da granada não ter influenciado na rodada.

Se não for sofrido, não é MIBR! Porém, na final, o jogo foi tranquilo, um show de superioridade do Made in Brazil, derrotando a equipe Sueca "Fnatic" que contava com a lenda Patrik “f0rest”em sua escalação. 

A partida foi disputada no mapa chamado “Inferno” e os brasileiros venceram por 16x06, marcando para sempre o dia 02 de julho de 2006, quando pela primeira vez uma organização brasileira se tornou campeão mundial de Counter-Strike, levando US$56 mil dólares de premiação, a segunda maior premiação da história do CS 1.6.

Capitão Kiko levantando o troféu da ESWC 2006 - Divulgação / MIBR

Capitão Kiko levantando o troféu da ESWC 2006 - Divulgação / MIBR

“Eu fiquei aqui no Brasil comemorando, quando eles voltaram, a gente foi lá para Fogo de Chão (Churrascaria famosa em São Paulo), lá perto de Congonhas, sentava ali e comemorava …” “...Cara, a gente fez um negócio fantástico, isso foi fantástico, em três anos a gente conseguiu ser campeão do mundo, porque é isso que eu estou falando, é um major, você ganhou um major, você foi campeão do mundo”, comentou Paulo Velloso, fundador do MIBR.

Até hoje o nome dos jogadores, Bruno “ellllll”, Renato “nak”, Lincoln “fnx”, Raphael “cogu” e Carlos “KIKOOOO” são lembrados com muito orgulho por toda comunidade gamer brasileira, os primeiros brasileiros campeões mundiais de CS.

O grande nome do campeonato foi Raphael “Cogu” , considerado por muitos até hoje como o melhor jogador brasileiro de CS 1.6.

MIBR X FNATIC - ROUD LENDÁRIO COGU E KIKO

MIBR X FNATIC - ROUD LENDÁRIO COGU E KIKO

O jovem se destacou muito durante o campeonato, e por conta de uma jogada na final, ele ganhou uma homenagem no mapa da “Inferno”, seu nome virou o nome de uma posição no mapa. “Eu vi ele fazendo coisas fantásticas”, disse PVell. O empresário costumava dizer que o MIBR era "Cogu" e mais quatro, tamanha admiração pelo jovem talento.

O TRICAMPEÃO MUNDIAL: ShgOpen 2007 E DREAMHACK WINTER 2007

No final do ano de 2006, o capitão Carlos "KIKO" Segal deixou o MIBR, para o lugar dele Bruno “Bit1” entrou e já no início de 2007, a organização brasileira viajou para a Dinamarca para a ShgOpen, para mais um campeonato mundial da época.

MIBR logo após vencer a shgOpen 2007 - Reprodução

MIBR logo após vencer a shgOpen 2007 - Reprodução

O time formado por Bruno "bit1" Lima, Bruno "ellllll" Ono, Lincoln "fnx" Lau, Raphael "cogu" Camargo e Renato "nak" Nakano estreou e venceu os três primeiros jogos, mas depois caiu diante da "NoA" e foi para a lower bracket. Na repescagem, os brasileiros ganharam mais 3 partidas, inclusive com direito a revanche sobre a "NoA", e passaram à final.

A data ficou marcada na história, dia 18 de fevereiro de 2007, o MIBR enfrentou na final a equipe polonesa "Pentagram", que contava com Filip "NEO" Kubski e Wiktor "TaZ" Wojtas, hoje treinadores de" FaZe "e "G2", respectivamente.

shgOpen 2007, MIBR X Begrip - Reprodução

shgOpen 2007, MIBR X Begrip - Reprodução

Os brasileiros venceram a partida por 2 a 0, com 16-7 na Inferno, 16-14 na Nuke e ficaram com o título. Além do troféu, o Made in Brazil levou para casa cerca de US$ 21 mil (mais de R$ 100 mil na cotação atual). Esse é considerado o segundo mundial conquistado pela equipe.

Reprodução / Fragbite

Reprodução / Fragbite

O MIBR passou por diversas mudanças na escalação e cabia ao empresário Paulo Velloso se reinventar e buscar alternativas para manter o Made in Brasil no topo, foi em uma dessas trocas de lines que toda a escalação da "G3X", antes arquirrival do MIBR, passou a ser a line titular do Made in Brazil.

“O pessoal falava, todo mundo queria jogar no MIBR. O MIBR tinha patrocinador. O primeiro patrocinador que eu arrumei foi a NVIDIA. Peguei o e-mail e escrevi um parágrafo. “Eu estou criando um time aqui no Brasil, gostaria do apoio de vocês para patrocinar, para ajudar no patrocínio”. Eu me lembro deles falarem assim, “5 mil dólares por mês é suficiente para vocês?” Não dava para bancar, mas ajudava bastante. A gente já gastava uma boa grana em viagens”, contou Paulo Velloso.

Em 2007 com a transferência dos jogadores Raphael "Cogu" Camargo, Renato "nak" Nakano, Olavo "Chucky" Napoleao e Bruno "bruno" Ono para a franquia latina "Rio Sinistro" da CGS, o Made in Brazil precisou buscar uma solução para continuar sua trajetória de top-team no cenário internacional.

Não tinha muito o que pensar, haviam apenas duas saídas: convidar quatro jogadores aleatoriamente para se juntarem a Bruno "bit1" Lima, que permaneceu na equipe, ou então convidar alguma equipe já formada, substituindo um dos jogadores desta pelo nosso único jogador.

Porém com a primeira opção, a equipe correria um grande risco de sair do cenário top até atingir o entrosamento ideal da nova equipe. Já a segunda opção só seria viável se a equipe conseguisse convencer o seu grande rival, g3nerationX, em tornar-se Made in Brazil.

MIBR na DreamHack 2007 - Divulgação / MIBR

MIBR na DreamHack 2007 - Divulgação / MIBR

Após bastante negociação, ambas as partes chegaram a um acordo e o G3x tornou-se MIBR, a line foi formada por Alexandre "gAuLeS" Borba que ficou um pequeno período como jogador, porém logo depois já deu espaço para que o jovem  Bruno “Bit1” Lima assumisse sua posição e o então veterano se tornou o primeiro treinador de Counter-strike, o restante da line ficou com: Lincoln  "fnx" Lau,  Wellington "ton" Caruso, Noberto "Lance" Lage e  Thiago "btt" Monteiro.

Com essa line o time continuaria fazendo história no esportes eletrônico. No final de 2007 a equipe viajaria para o "solo sagrado" de Jönköping na Suécia, para a disputa da DreamHack Winter, um dos torneios mais prestigiados do calendário de Counter-Strike àquela altura. 

A principal história desse torneio foi protagonizada pelo coach "Gaules". Ele tomou a decisão de que o time começaria a competição desde a fase inicial, ao invés de entrar nas etapas mais avançadas, como era previsto. Com isso, os brasileiros enfrentaram um número maior de adversários, mas jogaram um excelente Counter-Strike ao longo de todo o torneio.

"BTT" comemorando a vitória Divulgação / Marc Winther

"BTT" comemorando a vitória Divulgação / Marc Winther

 Sem perder nenhuma partida, o MiBR, que recebeu seed #7 na competição e nessa campanha voltou a vencer uma competição internacional. Sem sustos nas três primeiras partidas, o MIBR teve no seu quarto confronto o único momento delicado de toda a competição. Durante a partida contra os dinamarqueses do "Spirit of Amiga", a equipe adversária chegou a ter três oportunidades de fechar o jogo, e por falta de atenção deixou-a ir para o overtime.

Logo depois o MIBR passou pelo "Roccat", pelo "Fnatic", pelo "EmuLate" e na grande final venceu a "SK Gaming" de Abdisamad "SpawN" Mohamed e Robert "RobbaN" estrelas daquela época. O MIBR desbancou 15 equipes da Europa para conquistar este título. 

Reprodução / Fragbite

Reprodução / Fragbite

Os brasileiro levaram para casa mais de $17 mil e cravaram para sempre seu nome na história do CS 1.6 e dos esportes eletrônicos brasileiro, se tornando a primeira equipe tricampeã mundial.

Até hoje o MIBR carrega em seu escudo as três estrelas em lembrança aos títulos mundiais conquistados em 2006, 2007 . Devido ao seu profissionalismo, as suas glórias e pensamento à frente do tempo, a equipe brasileira é considerada por muitos como uma das principais organizações mundiais responsáveis pelo crescimento e expansão dos esportes eletrônicos no Brasil e no mundo.

Divulgação / MIBR

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Item 1 of 7

Quantas noites em claro para assistir o MIBR jogar, para ver os brasileiros representando as cores verde-e-amarelo contra as principais equipes do mundo.

Ao público que criticou, elogiou, sugeriu, enfim... verdadeiramente torceu, o nosso muito obrigado.

Não desistimos, não falimos, não perdemos. É apenas o fim de um ciclo. Um ciclo vitorioso. Mas pode não ser um adeus, talvez somente um até logo.

Do campeão mundial, OBRIGADO!

MIBR EM SEU COMUNICADO DE PAUSA

UMA PAUSA NA HISTÓRIA

MIBR.GIRLS

O MIBR.girls foi uma divisão criada pela organização brasileira em junho de 2010, o objetivo era dar uma estrutura e uma atenção maior para o cenário feminino de Counter-Strike que ainda estava no começo do seu desenvolvimento.

Logo quando a organização contratou as meninas, o MIBR foi convidado para participar da ESWC 2010 que iria ter um campeonato feminino. O time era formado pelas seguintes jogadoras, Ana Carolina “cah” Ribeiro, Falissah “Cissa” Finger, Bruna “Lua” Brentini, Natalia “Natii” Ferraz e Claudia “Santininha” Santini.

MIBR.Girls arrumando os equipamentos Divulgação / MIBR

MIBR.Girls arrumando os equipamentos Divulgação / MIBR

A competição ocorreu um mês depois em Paris, na França, porém as brasileiras não conseguiram passar da primeira fase ficando de 12º a 9º lugar. 

“Foi um projeto que já começou meio fadado a não dar muito certo, eu tô te falando, até hoje é muito difícil você viver disso, os custos são muito elevados, os custos de você preparar um gamer, se você colocar na ponta do lápis, é da ordem de centenas de milhares de dólares”, comentou Paulo Velloso.

Após o resultado ruim na ESWC o MIBR ainda tentou manter a equipe fazendo algumas mudanças em sua escalação principal, Natacha “Nah” Fanganiello e Shayene “shAy” Victorio, entraram no time para as vagas de Natalia “Natii” Ferraz e Claudia “Santininha” Santin.

MIBR.GIRLS se preparando para uma partida - Divulgação / MIBR

MIBR.GIRLS se preparando para uma partida - Divulgação / MIBR

O fim da história escrita por Paulo Velloso

Logo após essas mudanças o time feminino não durou por muito tempo e acabou, o time masculino também não estava tendo o sucesso esperado e a empresa de Paullo Veloso aos poucos estava falindo.

“Eu, até pela minha paixão toda, banquei durante muito tempo a coisa toda e foi tentativa de fazer a coisa sobreviver, não deu, não tinha dinheiro. Falei, recolhe, paramos, não vou prender a vida de todo mundo tentando dar murro em ponta de faca, então vamos ver o que acontece daí pro futuro.” Comentou "Pvell" sobre a pausa da organização.

Últimas escalações do MIBR - Reprodução / Redes Sociais

Últimas escalações do MIBR - Reprodução / Redes Sociais

Isso aconteceu em 2012, a última line de Counter - Strike Masculino era formada por Filipe “bt0” Moreno, Alan Diego “adr” Riveros, Pedro “Maluk3” Campos, Michel “mch” D’ Oliveira e Carlos “Viol” de Paula.

O MIBR encerrou as atividades em março daquele ano, após os jogadores saírem do time, insatisfeitos com a organização. A marca decidiu parar de patrocinar times de Counter-Strike e de outras modalidades.

Divulgação / MIBR

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Item 1 of 4

DE VOLTA AO GAME!

Em 2016 no Facebook e site do MIBR, o time anunciou uma possível volta, porém diversos problemas com a negociação de uma nova line ocorreram e a equipe não saiu do papel.

Comunicado de adiamento da volta do MIBR - Divulgação / MIBR

Comunicado de adiamento da volta do MIBR - Divulgação / MIBR

Clássico tweet do ex-jogador do MIBR, Lincoln "fnx" Lau, sobre a possível volta da equipe em 2016

Clássico tweet do ex-jogador do MIBR, Lincoln "fnx" Lau, sobre a possível volta da equipe em 2016

Dois anos se passaram e enfim o MIBR voltaria ao game. Paulo Velloso vendeu a TAG “MIBR” para o grupo americano “Immortals”, o empresário brasileiro negociou com o estadunidense Noah Whinston, dono da Immortals. 

"O Noah me ligou, eu tava na minha empresa e falou assim “Paulo Velloso, é o seguinte, eu queria comprar a sua marca, o Made in Brasil”,  eu falei assim, “mas queria por quê?”  ele respondeu “A gente queria que o time voltasse a jogar, que voltasse a competir”, eu falei, “pô, queremos dois, tô junto contigo”, ele falou, “não, não tá junto comigo não, eu quero comprar a sua marca e quero você fora dela”, eu falei, “também não tem problema, desde que o time jogue, já é bom pra mim, eu torço pro time, né”, contou o empresário brasileiro.

E foi assim, um telefonema, todas as burocracias feitas e o MIBR em junho de 2018 passou a ser comandado pelos americanos, Paulo Velloso se afastou da equipe e ficou de longe torcendo pelo sucesso da organização do seu coração. 

“Então, pra mim ainda continua sendo paixão, tem que ter torcedor apoiando, tem que ter gente torcendo, tem que aparecer nos torneios mais importantes, esporadicamente aparece um aqui ou ali, mas eu acho que tinha que ser em todos”, disse Pvell.

Ainda em 2018 a então nova diretoria do Made in Brazil, fez um evento em São Paulo para anunciar a nova line de CSGO e marcando a volta da TAG mais lendária dos esportes eletrônicos no Brasil.

A nova line era recheada de ídolos brasileiros dos esports, Gabriel “FalleN” Toledo, Fernando “fer” Alvarenga, Marcelo “Coldzera” David Ricardo "boltz" Prass, além do americano Jake “Stewie2K” Yip, completavam a escalação titular.

Porém, o MIBR não conseguiu “encaixar” e, durante todo o período desde sua volta, trocou diversas vezes de jogadores e técnicos em sua escalação. Ricardo “Boltz” Prass foi a primeira vítima desse “leva e trás” que a organização passou.

Made in Brazil ou Made in USA ?

Apenas um mês após o anúncio da volta ao competitivo, Boltz foi substituído pelo americano Tarik "tarik" Celik, junto com Tarik, o técnico sérvio Janko "YNk" também se juntou a equipe, formando o sexteto mais internacional da história do MIBR.

Anúncio do jogador Tarik - Divulgação / MIBR

Anúncio do jogador Tarik - Divulgação / MIBR

Tanto o jogador quanto o técnico chegaram em julho e agosto de 2018, respectivamente. Até hoje, muitas pessoas dizem que essa foi a "line" com mais sucesso do MIBR desde sua volta, pois esse grupo conquistou alguns resultados expressivos que animaram a torcida brasileira.

Logo no primeiro campeonato juntos, sem grandes dificuldades, o Made in Brazil conquistou a Zotac Cup Masters. Na final, a equipe brasileira superou os europeus da Team Kinguin por 3 x 0 e garantiu o título da ZOTAC Cup Masters, realizado em Hong Kong, na China. O triunfo rendeu ao time liderado por Gabriel "Fallen" US$ 200 mil, cerca de R$ 820 mil na cotação da época.

Porém por se tratar de um campeonato sem muitos times relevantes, os brasileiros não estavam satisfeitos com a vitória, logo após levantar o troféu, Marcelo “Coldzera” David, publicou a seguinte mensagem em seu Instagram, “Levamos o campeonato de Hong Kong e por mim não temos nem que comemorar! Não foi mais que a obrigação de levar esse! Vamos em busca da DreamHack e também do Major nas duas próximas semanas!”.

MIBR com a taça da Zotac Cup 2018 - Divulgação / MIBR

MIBR com a taça da Zotac Cup 2018 - Divulgação / MIBR

No final de 2018, o MIBR obteve alguns outros bons resultados com essa escalação internacional. No FACEIT Major: London 2018, a equipe ficou em 3º-4º lugar. Na Blast Pro Series: Istanbul 2018 e na ECS Season 6: Finals, os brasileiros amargaram dois vice-campeonatos seguidos. Por fim, o último campeonato dessa line internacional foi a ESL Pro League Season 8, em que o Made in Brazil novamente ficou em 3º-4º lugar.

Embora muitos acreditassem que essa formação do MIBR tinha o maior potencial de sucesso, "Tarik", "Stewie2k" e "YNk" deixaram o time quase simultaneamente, entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019. Assim o MIBR voltaria a apostar em um time 100% brasileiro.

Made in Brazil de fato

O ano de 2019 começou com mudanças na line da organização brasileira, Epitácio “TACO” de Melo entrou no lugar do americano Jake “Stewie2K” Yip, João “Felps” Vasconcellos substituiu  Tarik "tarik" Celik e na comissão técnica Wilton “zews” Prado assumiu o lugar do sérvio  Janko "YNk".

Anúncio da escalação 100% brasileira - Divulgação / MIBR

Anúncio da escalação 100% brasileira - Divulgação / MIBR

A tão aguardada volta de um time 100% brasileiro finalmente aconteceu, atendendo ao pedido dos torcedores e fazendo o MIBR honrar verdadeiramente o seu nome. No entanto, os resultados ficaram abaixo das expectativas.

A equipe alcançou apenas o 3º-4º lugar no IEM Major Katowice 2019 e, jogando em casa na BLAST São Paulo em março, teve uma campanha decepcionante, com cinco derrotas em cinco jogos. Esses resultados culminaram em mais uma mudança na escalação.

Com apenas seis meses no time, João "felps" Vasconcellos deixou o MIBR em junho de 2019 para dar lugar a Lucas "LUCAS1" Teles. Porém essa não seria a mudança mais impactante daquele ano, alguns dias depois de uma eliminação precoce na ESL One Cologne 2019, Marcelo “Coldzera” David, anunciou em uma longa carta em sua rede social que estava saindo da equipe.

Com dois Major's (campeonato mais importante no ecossistema de competições do Counter-Strike) no currículo e duas vezes melhor jogador de CS:GO do mundo, "Cold" surpreendeu toda a comunidade quando decidiu se separar do quarteto brasileiro mais vitorioso da história do jogo.

Vídeo de despedida do MIBR ao Coldzera

Vídeo de despedida do MIBR ao Coldzera

Sem Marcelo “Coldzera” David, o MIBR atuou durante muito tempo com Wilton "zews" Prado, técnico da equipe, completando no time titular, inclusive durante o StarLadder Berlin Major 2019. Até o visto de Vito “kNgV” Giuseppe ser regularizado e ele integrar o elenco principal.

Em contrapartida, o Made in Brazil, em agosto de 2019 oficializou a entrada da organização em um novo jogo, o Rainbow Six Siege. Os detalhes foram revelados em um evento chamado "Encontro das Lendas", que aconteceu em São Paulo. O MIBR garantiu a line da antiga "Immortals", grupo prioritário da organização brasileira.

Estar presentes em outros jogos não era uma novidade para o MIBR que já teve jogadores de Fifa e Need For Speed no passado, quando a organização ainda era comandada pelo empresário carioca Paulo Velloso.

A line do Made in Brazil no R6 era composta por Jaime "Cyber" Ramos, Daniel "Novys" Novy, José "Bullet1" Victor, Lucca "MKing" Coser e Matheus "pX" Freire.

Anúncio da line de Raimbow Six Siege - Reprodução / MIBR

Anúncio da line de Raimbow Six Siege - Reprodução / MIBR

Voltando para o Counter-strike, a line formada por "Fallen", "Taco", "Lucas1", "kNgV"e "Fer" conquistou como melhor resultado um melancólico 3rd - 4th lugar no CS:GO Asia Championships 2019. Porém os brasileiros encerraram o ano com mais uma mudança, substituindo Lucas “LUCAS1” Teles pelo argentino Ignacio "meyern" Meyer, em dezembro daquele ano.

A line formada por "Fallen", "Taco", "meyern", "kNgV" e "Fer" teve como melhor resultado, o vice campeonato da Flashpoint, campeonato que aterroriza os torcedores até hoje, pois na final, no último mapa, a equipe brasileira abriu uma vantagem de 12 a 3 no mapa da "Train" e mesmo assim tomou a virada e perdeu o título. 

E não parou por aí, pouco mais de cinco meses da entrada do argentino, em maio de 2020, a equipe brasileira fez outra mudança, o Brasileiro Alencar “Trk” Rossato entrou no lugar de "Meryern" que não vinha tendo boas atuações. 

O Made in Brazil acumulava mudanças no elenco. Doze mudanças, esse é o total de vezes em que a MIBR trocou de jogadores ou técnicos desde o retorno da tag, em junho de 2018 até maio de 2020. 

Em agosto de 2020, o MIBR completou dois anos sem levantar nenhum troféu, desde a Zotac Cup Masters na China, a equipe participou de 35 campeonatos (excluindo fases regionais, qualificatórios e showmatches).

Seca do MIBR

Competição

Colocação final

DreamHack Masters Stockholm

5-8º

FACEIT Major London

3-4º

BLAST Pro Series Istanbul

BLAST Pro Series Copenhagen

IEM Chicago

9-12º

ECS Season 6

ESL Pro League Season 8

3-4º

BLAST Pro Series Lisboa

IEM Katowice Major

3-4º

WESG 2018

5-8º

BLAST Pro Series São Paulo

StarSeries i-League Season 7

12-14º

BLAST Pro Series Miami

IEM Sydney

3-4º

ECS Season 7

7-8º

ESL Pro League Season 9

7-8º

ESL One Cologne

13-16º

BLAST Pro Series Los Angeles

IEM Chicago

3-4º

StarLadder Berlin Major

12-14º

BLAST Pro Series Moscow

V4 Future Sports Festival Budapest

3-4º

StarSeries i-League Season 8

5-6º

CS:GO Asia Championship

3-4º

ESL Pro League Season 10

9-12º

cs_summit 5

BLAST Premier Spring

10-12º

DreamHack Open Anaheim

5-6º

ESL Pro League S11 NA

5-6º

Flashpoint Season 1

ESL One Road to Rio

7-8º

DreamHack Masters Spring NA

5-6º

BLAST Premier Spring NA

cs_summit 6 NA

7-8º

Nine to Five 3

5-8º

Após uma série de resultados ruins e uma polêmica envolvendo o coach e manager da equipe Ricardo "dead" Sinigaglia , o MIBR anunciou o desligamento do então técnico, além dos ídolos brasileiro Fernando “Fer” Alvarenga e Epitácio “Taco” de Melo, além disso algumas horas depois o maior ídolo dos esportes eletrônicos, Gabriel “Fallen” Toledo, pediu para ser movido ao banco de reservas da equipe.

MIBR solta nota para informar mudanças na escalação - Divulgação / Redes Sociais

MIBR solta nota para informar mudanças na escalação - Divulgação / Redes Sociais

A crise na organização brasileira parecia não ter fim, porém nesse mesmo ano de 2020 em meio a todos os problemas, a primeira torcida organizada brasileira de Counter-Strike foi criada, dedicada ao MIBR a “Mancha Negra” foi pioneira no cenário.

 “Depois da pandemia, teve os campeonatos no Brasil, né? Em 2022, 23 e 24. E nesses três campeonatos, eu tentei ir nos três. Nessa de conseguir ir, eu comecei a procurar pessoas. Pessoas que torcem para o MIBR e vão para esses eventos. E eu acabei conhecendo torcedores do MIBR, uma torcida organizada do MIBR. O que me fez aproximar cada vez mais da comunidade. Eu sou do Nordeste, eu sou do Sergipe. Mas quando teve o campeonato do Rio de Janeiro, eu não hesitei. Assim que saiu a venda de ingressos, eu comprei”, contou José Vinícius da Silva, estudante de 17 anos e membro da torcida organizada do MIBR.

Torcida organizada do MIBR no Rio de Janeiro - Reprodução / Redes Sociais

Torcida organizada do MIBR no Rio de Janeiro - Reprodução / Redes Sociais

O Plano d’ MIBR

Nova line do MIBR - Divulgação / MIBR

Nova line do MIBR - Divulgação / MIBR

Para o lugar das lendas que deixaram a equipe brasileira, o MIBR anunciou a contratação de Lucas "LUCAS1" Teles que voltava ao elenco pouco menos de um ano desde sua saída, Vinicius "vsm" e Leonardo "leo_drunky", além do novo técnico Raphael “Cogu” aquele mesmo, maior ídolo da organização e campeão mundial pelo Made in Brazil. 

Em novembro de 2020, o MIBR se sagrou campeão do Brasileirão de Rainbow Six Siege. Após garantir a quarta posição na fase de grupos, a equipe superou a Team Liquid com uma vitória expressiva de 3 a 0, durante o primeiro evento presencial de esports realizado no Brasil desde o começo da pandemia de Covid-19. 

Com essa vitória inédita, o time formado por Gabriel "cameram4n" Hespanhol, Jaime "Cyber" Ramos, Lucas "soulz1" Schinke, José "Bullet1" Victor e Lucca "MKing" Coser  faturou US$40 mil (cerca de R$230 mil no câmbio da época).

Esse foi o único título do Made in Brazil no Rainbow Six Siege até hoje. Após isso, o time passou por algumas mudanças e nunca mais conseguiu ser protagonista nas competições.

Equipe de R6 conquistando o BR6 - Divulgação / MIBR

Equipe de R6 conquistando o BR6 - Divulgação / MIBR

No Counter-Strike a fase boa parecia ter voltado, a torcida ficou encantada pela line comandada por "kNgV", os brasileiros que estavam desacreditados, voltaram a acreditar em um possível título, que no final, não veio.

Apesar de não ter garantido nenhum troféu, essa escalação teve bons resultados, batendo de frente com o time top 1 do mundo, naquela ocasião, os dinamarqueses da Astralis, além de vencer o clássico contra a rival brasileira Furia e amargar em segundo lugar na Blast Premier:  Spring 2020 American Finals.

No início de 2021, porém, a organização e os jogadores não chegaram a um acordo para a renovação dos contratos, o que frustrou a torcida brasileira, que havia criado grande expectativa em relação a esses jogadores. A negociação foi marcada por uma série de polêmicas e, no fim, não teve um desfecho feliz.

MIBR anuncia o desligamento da line de "KngV" - Divulgação / MIBR

MIBR anuncia o desligamento da line de "KngV" - Divulgação / MIBR

Divulgação / MIBR

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A NOVA ERA!

Contra todos

Cantor "Duzz" em vídeo de anúncio do MIBR - Divulgação / MIBR

Cantor "Duzz" em vídeo de anúncio do MIBR - Divulgação / MIBR

Logo no início de janeiro, em 2021, o MIBR anunciou a line que substituiria "kNgV" e cia. Em um vídeo chamado “Contra todos” e  com a participação especial de Duzz, cantor de trap, o Made in Brazil, apresentou para a sua torcida os novos jogadores de CS:GO Masculino, eram eles Gustavo " yel " Knittel, Marcelo "chelo" Cespedes, Bruno "shz" Martinelli, Daniel "danoco" Morgado, Ricardo “Boltz” Prass (esse que voltava para o MIBR depois de três anos).

Além deles, Alessandro "Apoka" Marcucci foi anunciado como novo técnico e Renato “Nak” Nakano como membro da comissão técnica. Nak era ídolo do MIBR no CS 1.6, jogo onde ele foi campeão mundial pela organização brasileira. 

Nesse mesmo vídeo também foi apresentado o elenco feminino de CS:GO, o Made in Brazil, depois de 10 anos, voltaria a ter um time feminido, esse formado por Ana "annaEX" Brito, Julia "julih" Gomes, Jessica "fly" Pellegrini, Gabriela "bokor" Bokor  e Bruna "bizinha" Marvila, eleita três vezes melhor jogadora brasileira de Counter-Strike.

Um mês depois esse time se sagraria campeão da Grrrls League 2021, competição feminina em Lan que reunia as principais equipes brasileiras, o MIBR venceu o clássico contra a Furia por 2 a 1 e levou para casa R$35.000. 

Esse foi o único título que a divisão feminina de Counter-Strike conquistou até hoje. Depois dessa competição, o MIBR bateu na trave diversas vezes e, em 2022, teve uma participação fraca no mundial, frustrando os torcedores da equipe, que nunca mais viram a organização se classificar para um mundial feminino de CS

MIBR Fe é campeão da Grrrls League - Divulgação / MIBR

MIBR Fe é campeão da Grrrls League - Divulgação / MIBR

Ainda no anúncio “Contra todos” o Made in Brazil anunciou sua line de Rainbow Six Siege, que era a mesma que a pouco tempo atrás tinha sido campeão brasileiro do game.

O time de R6 conquistou um terceiro lugar no Six Invitation 2021, perdendo na semifinal para os compatriotas da Team Liquid, apesar da derrota, o resultado foi muito comemorado por toda torcida e organização.

O ano de 2021 foi um dos mais movimentados para o MIBR. Uma série de resultados ruins e muitas mudanças na escalação marcaram o ano para o torcedor. Além disso, nesse ano foi anunciada uma nova diretoria totalmente brasileira.

Mudanças e reformulação

A primeira mudança na line aconteceu com apenas quatro meses do anúncio no começo do ano,  foi a entrada de Raphael “Exit” Lacerda no lugar de Daniel "danoco" Morgado.

Exit continua no elenco do MIBR até hoje e se tornou o jogador que mais vezes vestiu a camisa do Made in Brazil em toda a sua história.

Raphael "Exit" Lacerda - Divulgação / MIBR

Raphael "Exit" Lacerda - Divulgação / MIBR

"Quando eu me juntei ao MIBR era um time completamente novo pra mim, eu não conhecia ninguém e de um dia pro outro eu estava representando a maior organização brasileira de esports", comentou Exit.

O MIBR disputou sete campeonatos com essa nova escalação, obtendo bons resultados em campeonatos nacionais e resultados ruins nos internacionais.

"(Jogar no MIBR) Representa a realização de um sonho de criança. Lembro até hoje quando eu assistia o MIBR jogando os campeonatos de CS 1.6 e eu falava para mim mesmo que um dia seria eu representando o país mundo a fora", exaltou o jogador Raphael "Exit"

Em julho de 2021 o Made in Brazil anunciou uma peneira para ter o primeiro time academy de esportes eletrônicos, o projeto foi nomeado como “Feitos no Brasil” e teve como objetivo escolher cinco jogadores da comunidade para ser um time de categorias de base.

O projeto teve como lideranças o coach Henrique "rikz" Waku, a lenda Renato “Nak” Nakano e ainda contou com uma ajuda do influenciador André “Liminha” Kenzo. Em agosto os cinco garotos foram escolhidos, eram eles Cauã “Card” Cardoso, Breno “Brnz4n”Poletto, Gabriel “gAbrieL” Estevam e Paulo “agR” Costa.

Setembro foi um dos meses mais conturbados de 2021. No auge da pandemia de Covid-19, o jogador Ricardo “Boltz” Prass se contaminou com a doença e chegou a ficar internado. Por esse motivo, ele desfalcou o time nas principais competições. Para substituí-lo, o jovem Breno “Brnz4n” Poletto, recém-contratado pela equipe academy, foi promovido para o time titular

Equipe do MIBR indo viajar na pandemia - Divulgação / MIBR

Equipe do MIBR indo viajar na pandemia - Divulgação / MIBR

Além de Boltz, o até então destaque naquele ano do Made in Brazil, Marcelo “Chelo” Cespedes também desfalcou a equipe. O atleta, se envolveu em um acidente de carro naquele mês, resultando em uma lesão no pescoço. 

Renato “Nak” Nakano, ídolo do MIBR e membro da comissão técnica ficou responsável por assumir o lugar de Chelo. O jogador brasileiro tinha vestido a camisa do Made in Brazil pela última vez em 2009, quando a organização ainda era de Paulo Velloso e o jogo disputado era o CS 1.6.

A escalação formada por Renato “Nak” Nakano, Breno “Brnz4n”Poletto, Raphael “Exit” Lacerda, Bruno "shz" Martinelli e Gustavo " yel " Knittel disputou a BLAST Premier Fall Groups, porém não tem uma boa performance

Ainda em setembro o MIBR anunciou uma reformulação em sua diretoria, a brasileira Roberta Coelho assumiu como a primeira CEO do MIBR. A executiva foi uma das fundadoras e CEO da Game XP, além de ter trabalhado por quase uma década no Rock in Rio, ocupando os cargos de CFO e Head de Business Development. 

Roberta Coelho CEO do MIBR - Divulgação / MIBR

Roberta Coelho CEO do MIBR - Divulgação / MIBR

Junto com ela, a organização anunciou a criação de um conselho consultivo, composto por Paulo Velloso (fundador do MIBR), Ivan Martinho (CEO Latam da World Surf League), e Yuri "Fly" (CEO da Gamers Club), que atua como presidente do conselho.

“O passado do MBR, de muito sucesso, de ter sido pioneiro nessa comunidade, ele marca muito a nossa vida hoje. Positiva e negativamente, faz parte desse nosso passado de sucesso. Ele é o motivo pelo qual a gente ainda continua sendo uma tag lendária, famosa, que tem uma comunidade apaixonada, mas, por outro lado, esse passado de sucesso também traz um peso. É uma responsabilidade que, para nós, como gestores da organização, ela acaba sendo maior. É por isso a história lá do nosso patrocínio para o Itaú, a camisa mais pesada do mundo, né? Porque é realmente uma camisa pesada de se carregar, é uma responsabilidade muito grande”, comentou a CEO sobre representar o MIBR.

Em entrevista para essa reportagem Paulo Velloso também comentou sobre sua volta ao MIBR e sua nova função como conselheiro

“Eu sou o conselheiro, mas é o que eu digo, ser “DPT” (Dono da porra toda)  é muito melhor. O conselheiro é aquele cara que fala assim, cara, isso vai dar errado. E como 95% das coisas dão errado, você acerta as coisas”, disse o empresário.

Voltando as competições de 2021, o MIBR desembarcou no  Brasil e teve o retorno de "Chelo" e "Boltz", a equipe terminou a IEM Fall, campeonato que daria a vaga no PGL Major Stockholm 2021,  na terceira colocação e perdeu a vaga no maior campeonato de Counter - Strike para a "Sharks". Essa foi a primeira vez que o MIBR ficou fora de um major desde a sua volta.

Logo após o fracasso de ficar fora do major a organização brasileira anunciou  Adriano "WOOD7" Cerato e Matheus "Tuurtle" Anhaia para as vagas de  Bruno "shz" Martinelli e Gustavo " yel " Knittel. O MIBR jogou com Brnz4n no lugar de Marcelo “Chelo” Cespedes, que ainda estava lesionado, porém Breno precisou voltar ao Brasil para terminar os estudos.

Adriano "WOOD7" Cerato e Matheus "Tuurtle" Anhaia - Divulgação / MIBR

Adriano "WOOD7" Cerato e Matheus "Tuurtle" Anhaia - Divulgação / MIBR

Quando o Breno precisou voltar ao Brasil, o jogador que substituiu Chelo foi Jhonatan "JOTA" Wilian, o jogador jogou apenas dois campeonatos como substituto de "Chelo", porém no final do ano de 2021 Ricardo “Boltz” Prass pediu para se afastar da equipe e "Jota" foi promovido ao time titular.

Fechando o ano de 2021 com a seguinte line: Adriano "WOOD7" Cerato, Matheus "Tuurtle", Jhonatan "JOTA" Wilian, Raphael “Exit” Lacerda,  Marcelo “Chelo” Cespedes e na comissão técnica Alessandro "Apoka" Marcucci e Renato “Nak” Nakano.

2022 E A EXPANSÃO DO CENÁRIO 

Mantendo a tradição, em 2022, o MIBR anunciou suas escalações com um clipe musical chamado “Nova era” com participação do cantor de Trap Yunk Vino. A organização, que já tinha três equipes de Counter-Strike: Global Offensive e uma de Tom Clancy's Rainbow Six Siege, anunciou também sua presença no Valorant e Free Fire. 

MIBR muda as cores nos uniformes de 2022 - Divulgação / MIBR

MIBR muda as cores nos uniformes de 2022 - Divulgação / MIBR

Além disso, o time revelou seu novo uniforme, era a primeira vez que a organização nessa “nova fase” abandonava o preto e branco e adotava o azul como a cor predominante..

O time de Free Fire disputou a Série B da LBFF naquele início de ano. A equipe contava com Cauã, Erick "ZETSU", Mauricio "STRONGX7" e Paulo "Legit 7" como titulares, com Luiz "NEWSX7" e Naum "Correia” na comissão técnica.

Na primeira oportunidade essa lineup não conseguiu o acesso para a série A da competição, algo que viria mais tarde naquele mesmo ano.

O time de Valorant, que já tinha vaga garantida na seletiva fechada da Etapa 1 do Valorant Champions Tour Brazil, era formado por Gustavo "gtn", João "jzz", Matheus "DeNaro", Rafael "Mendes" e Sergio "Txddy", além do treinador Jordan "stk".

Assim como aconteceu com a lineup de Free Fire, na primeira oportunidade, a equipe de Valorant não conseguiu a classificação para o VCT Challengers Stage 1. No entanto, mais tarde, neste mesmo ano, conseguiu se classificar para o Stage 2.

Dos demais times, só o academy de CS:GO passou por mudanças. Lucas "lub" e Pedro "BobZ" ocuparam as vagas de gAbriel e Paulo "agR". As equipes de CS:GO principal, CS:GO feminino e Rainbow Six mantiveram os mesmos jogadores. 

Nova era e os mesmos resultados

Logo no início de 2022, o time de Rainbow Six Siege se classificou para mais um Six Invitation e fez uma outra boa campanha, o time brasileiro chegou desacreditado, mas garantiu um quarto lugar na competição internacional, perdendo para os compatriotas da FaZe Clan.

No Counter-Strike o time masculino, começou com mudanças na comissão técnica, o ídolo Bruno “Bit1” Fukuda, campeão mundial com o MIBR em 2007, foi anunciado como novo técnico, após Alessandro “Apoka” Marcucci anunciar sua aposentadoria.

Bit voltou a vestir a camisa do MIBR depois de 13 anos, o jogador/treinador teve duas passagens pelo time e venceu uma série de troféus internacionais importantes, como a shgOpen 2007, a DreamHack Winter 2007, a GameGune 2008 e as finais americanas da terceira temporada da IEM.

Escalação do MIBR em 2022 - Divulgação / MIBR

Escalação do MIBR em 2022 - Divulgação / MIBR

Logo de início as mudanças fizeram efeito, o Made in Brazil voltou a se classificar para um Major, desta vez o PGL aconteceu na Antwerp, cidade da Bélgica. Apesar do MIBR não ter ido muito longe na competição, com 2 vitórias e 3 derrotas, a classificação para o campeonato foi bastante comemorada.

Porém para a organização, apenas a classificação não era o suficiente e em maio de 2022, logo após ser eliminado da competição o MIBR fez sua primeira mudança na escalação principal do time de CS:GO masculino.

O time decidiu mover Adriano "WOOD7" para o banco de reservas de sua equipe. O jogador estava com o elenco desde outubro de 2021, e atuava como capitão do time. O substituto escolhido para o lugar do antigo IGL foi o jovem talento do MIBR Academy Breno "brnz4n".

Ainda em Maio de 2022, o MIBR anunciou mais uma line, desta vez um time feminio de Valorant, o time foi inicialmente formado por Pamella "pan", Carolina "Shizue", Tamires "Badgal" além de  Bruna "Bizinha" e Marcella "Cellax" jogadoras que faziam parte do elenco de CS:GO Feminino.

O time feminino de CS:GO, formado por Josiane "josi" Izidori, Beatriz "hera" Silva, Julieta "khizha" Grillia, Mariana "LyttleZ" Sabia e Luana "Arkynha" Archanjo neste mesmo mês também se classificou para o mundial, evento que aconteceu em julho de 2022. A equipe ficou em 3rd-4th na competição.

No mês de agosto após alguns campeonatos com resultados ruins, o MIBR fez uma troca pré Major do Rio de Janeiro, seria primeira vez que um evento desse porte aconteceria no Brasil, era o campeonato mais importante da história.

Marcelo "chelo" saiu da equipe para se juntar a um projeto do Fallen, o MIBR escolheu Henrique "HEN1" Teles para assumir o lugar deixado vago. A chegada de HEN1 mudou o funcionamento da equipe; Breno "brnz4n" que havia assumido a função de sniper desde que Adriano "WOOD7" deixou o elenco, voltaria a ser rifler e Henrique seria o awper do time.

Fora do Major no Brasil

Pela primeira vez na história, nosso país foi sede de um Major. Os Campeonatos "Majors" de Counter-Strike, mais conhecidos por Majors, são torneios de esporte eletrônico de Counter-Strike (CS) patrocinados pela Valve, a produtora do jogo. Os Majors são considerados os torneios mais importantes e prestigiados do cenário de Counter-Strike.

O MIBR se classificou para o RMR, campeonato que daria a vaga na principal competição, para se classificar a equipe brasileira precisava ganhar três partidas, na estreia da competição, os brasileiros venceram os compatriotas do OPlano por 16 a 09 e abriram 1-0 na competição.

Porém, a partir daí, começou o pesadelo, em uma partida dura contra os americanos da "Team Liquid" o MIBR perdeu no overtime por 19 a 16, ficando 1-1 no campeonato. Os próximos adversários do Made in Brazil seriam a ATK, os brasileiro teoricamente eram favoritos, porém contrariando as estatísticas o MIBR perdeu a partida por 16 a 8 e ficou a uma partida de ser eliminado.

Novamente os brasileiros iriam para uma partida sendo os favoritos, o adversário da partida decisiva foi a "Isurus" e mais uma vez o MIBR perdeu, uma partida de três mapas, resolvida no último e decisivo mapa, terminou 2 a 1 para os argentinos, o Made in Brazil ficou de fora do IEM Rio Major 2022.

Esse sem dúvidas foi o golpe mais duro que a nova geração do MIBR levou, o Major que seria na nossa casa no Rio de Janeiro e nós ficamos de fora. Após a eliminação, por meio do Twitter, o MIBR divulgou uma nota sobre a ausência do time no campeonato mundial de CS:GO.

Henrique lamenta a eliminação do MIBR - Divulgação / ESL

Henrique lamenta a eliminação do MIBR - Divulgação / ESL

- Infelizmente não conseguimos a vaga para o tão sonhado Major no posso país. Todos nossos desafios e dificuldades neste ano nos trouxeram até aqui, batalhamos forte, reconstruímos a line com jogadores capacitados, mas o mundo da competição é assim e o menor detalhe faz a grande diferença lá na frente. Agora é a hora de apoiarmos as lines brasileiras no Major do Rio e mandar as energias positivas para cada um presente! Muito obrigado pelo apoio - escreveu a organização.

No final de 2022 o MIBR teve duas vitórias em outros jogos, pelo Free Fire a equipe foi campeã da Série B da Liga Brasileira de Free Fire e conquistou a vaga para a elite da competição. Já no Valorant a organização foi uma das convidadas para integrar a liga das américas da Riot.

Divulgação / MIBR

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WIBR: Women in Brazil

Ainda em agosto de 2022, a organização brasileira lançou um banco de talentos para aumentar a representatividade feminina no cenário gamer, o WIBR é uma ferramenta de visibilidade para as mulheres ingressarem no ecossistema do mundo de jogos eletrônicos.

Sandy "S4mdalia" Serrano com o uniforme do WIBR - Divulgação / MIBR

Sandy "S4mdalia" Serrano com o uniforme do WIBR - Divulgação / MIBR

“O WIBR, é Women in Brazil, é um ecossistema de ações que visam o empoderamento e a inspiração de mulheres e que, no final das contas, o que a gente quer provar com isso é que o universo de games é para todo mundo. As mulheres se sentem pouco pertencentes a esse universo por uma questão cultural.” Comentou Roberta Coelho, CEO do MIBR

 De acordo com Roberta, hoje é uma cultura mundial que videogames é coisa de menino e o MIBR vem para tentar desmistificar essa cultura machista.

“A gente vive numa sociedade, infelizmente, que ainda game é coisa de menino. E por conta dessa crença social, muitas mulheres não se sentem pertencentes e, por conta disso, elas evitam e não olham para o universo como sendo um universo onde elas podem fazer carreira. E isso acaba sendo uma bola de neve negativa, porque se eu não quero ir para cá, quando eu tenho minha filha, minha filha não vai jogar videogame, é coisa de menino. E aí, quando ela não joga, ela não vai crescer entendendo que ela pode jogar, estar no mesmo patamar que os meninos, se ela quiser ser jogadora”, disse.

Roberta Coelho com o uniforme do WIBR - Divulgação / MIBR

Roberta Coelho com o uniforme do WIBR - Divulgação / MIBR

A inscrição na plataforma acontece de forma gratuita pelo site wibr.com.br e o processo de adesão foi todo pensado para ser livre de eventuais comportamentos de recrutamento que prejudicam as chances das candidatas.

O site ainda permite a indicação de canais da Twitch de streamers mulheres para dar uma maior visibilidade, principalmente para as pequenas influenciadoras. Além de criar uma agenda de eventos, encontros presenciais e campanhas educativas visando encorajar as mulheres e reverberar a ideia de que o mundo dos games é para todos.

“O MIBR hoje é uma referência no mundo de uma organização que investe no feminino Eu sou a única mulher CEO dos 42 times do VCT Américas, eu sou a única mulher. E brigo toda semana, em toda reunião, do porquê que eles não valorizam o Game Changers (Campeonato feminino de Valorant)”, comentou Roberta Coelho, CEO do MIBR.

Divulgação / MIBR

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A ação começou dentro do MIBR, mas visa alcançar talentos e marcas dentro e fora da comunidade gamer. Na campanha do MIBR para 2022, que conta com o slogan: “Nossa história, nosso futuro”, diversidade e inclusão virou um dos pilares da marca e o WIBR é a materialização disso.

Divulgação / MIBR

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20 anos de história e muito mais!

Seguindo a tradição, no início do ano de 2023, o MIBR lançou um clipe para apresentar os novos jogadores da organização e desta vez o clipe musical contou com a presença do cantor Tiago Veigh. O clipe faz referências ao 20ª aniversário da equipe brasileira e levou o nome de “História viva”.

Cantor "Veigh" no anúncio de 20 anos do MIBR - Divulgação / MIBR

Cantor "Veigh" no anúncio de 20 anos do MIBR - Divulgação / MIBR

Além das novas escalações e da nova música, o MIBR também laçou seu novo uniforme comemorativo que mantém a cor azul, porém com tonalidade mais escura. O dourado aparece para celebrar os 20 anos da organização. A camisa também tem três estrelas nas costas que representam os mundiais conquistados. 

A line feminina de CS:GO escolhida para representar a organização no ano de 2023, contava com as argentinas Julieta "Khizha" e Evelin "Chjna", além das brasileiras Isadora "Yodinha2k", Fernanda "Ferzy e Regiane "Regiane". A line não teve grandes resultados no ano e ficou de fora de todos os mundiais.

No feminino de Valorant, o MIBR estava escalado com Paola Caroline "drn", Maria Isabele "isa1", Natalia "nat1", Angela Beatriz "biazik", Daniela "daniops" e Ian "ShaW" de coach. Essa foi outra line que não teve resultados expressivos ficando quase sempre em terceiro lugar nas competições, além de também não classificar para o mundial.

No Rainbow Six, escalação foi a mesma da temporada passada, com Tassus "reduct", Kaike "Faallz", Felipe "FelipoX", Deniz "didez" e Caetano "Nyjl". Novamente sem sucesso no jogo o MIBR teve péssimos resultados e diversas trocas nas lines até o final do ano, nenhuma surtiu o efeito esperado.

Line inclusiva de CS 2 de 2023 - Divulgação / MIBR

Line inclusiva de CS 2 de 2023 - Divulgação / MIBR

No Valorant, o time também manteve o elenco de 2022 para disputar o VCT LOCK IN Brazil com João Pedro "jzz", Olavo "heat", Leandro "frz", Matheus "RgLM" e Murillo "murizzz". O campeonato no Brasil teve o MIBR sendo eliminado no primeiro jogo, após perder de 2 a 0 para os tailandeses da Talon. Esse evento marcou a volta do time brasileiro disputando um campeonato no seu país perto da sua torcida.

O time de Free Fire era composto por Cauã "Caua9",Erick "ZETSU9", João Victor "Joao7" e Pedro Lucas "VODKA" . Com Thierre "s1nk" e Naum "Correia" na comissão técnica. O MIBR foi campeão da Série B da LBFF na etapa passada e disputaria a série A que começava em abril.

Visando a LBFF Série A, a equipe fez uma reformulação no elenco durante o decorrer do ano, Cauã e Vodka saíram e deram lugar para Erick “Pitbull Arthur, Irllan "RIGBY" Rodrigues e Richard "STARK7" Ribeiro, fechando a escalação com João Victor "Joao7" e Erick "ZETSU9"

Esse time em 2023 foi vice-campeão da LBFF, logo no ano de estreia e garantiu a vaga para o mundial que aconteceu no final do ano. Apesar da campanha no mundial não ter sido boa, a classificação foi muito comemorada, em um ano a equipe saiu da série B e foi até o mundial.

O “carro chefe” da organização, o time de CS:GO masculino, começou o ano com uma mudança, Jhonatan “JOTA” foi negociado com a Imperial e para o seu lugar Felipe "insani" Yuji jogador do academy assumiu a posição.

Ele se juntou a Henrique "HEN1", Raphael "exit", Matheus "Tuurtle" e Breno "brnz4n". Bruno "Bit", Tacitus e Nak ficaram encarregados da comissão técnica

Escalação masculina de CS:GO 2023 - Divulgação / MIBR

Escalação masculina de CS:GO 2023 - Divulgação / MIBR

O time academy ficou com a seguinte escalação após a saída de Insani, Gustavo "phx" Merigo, Cauã “Card” Cardoso, Diogo 'diozera' Oliveira, Nicollas “Nicks” Polônio e Bruno “Brn$” Araújo.

2023: muita comemoração para pouco resultado

Apesar de ser um ano comemorativo para a organização, o MIBR manteve os resultados ruins dos últimos anos. Em 2023 teve apenas um major durante todo o ano (o normal são dois por ano) por conta da mudança de CS:GO para CS2.

O último Major do CS:GO foi disputado em Paris, na França e o Made in Brazil não se classificou mais uma vez. Os brasileiros caíram no classificatório para a "Complexity" e deram adeus ao sonho de voltar a disputar um Major.

Com chances para salvar o ano da organização, em abril o MIBR se classificou para a IEM Rio 2023, desta vez não era um major, mas era a oportunidade depois de quatro anos de voltar a jogar no Brasil de frente com sua apaixonada torcida, porém a equipe brasileira caiu precocemente e não conseguiu chegar nos palcos.

Mesmo sem o Made in Brazil conseguir jogar de frente com a sua torcida, os torcedores organizados da organização se fizeram presentes para prestigiar o evento e encontrar os jogadores, Vinicius conta como foi a experiência de ver os ídolos de perto.

“O MIBR estava não jogando no palco nesse evento, mas foi uma grande experiência para mim. Uma das melhores experiências da minha vida, eu diria. Porque, além de conhecer pessoas que gostam muito de esports assim como eu, eu pude conhecer o pessoal do MIBR pessoalmente. Os players estavam lá, o staff inteiro do MIBR estava lá. E também os torcedores do MIBR foram comigo”, comentou o jovem torcedor Vinicius.

Insatisfeita com os resultados, em julho de 2023, a organização decidiu fazer outras duas mudanças na escalação principal de Counter-Strike, André "drop" e Rafael "saffee" chegaram para ocupar os lugares de Henrique “Hen1” Teles e Matheus "Tuurtle" Anhaia.

A escalação ficou formada com André "drop", Breno "brnz4n", Felipe "insani", Raffael "saffee" e Raphael "exit". As mudanças surtiram efeito, o MIBR voltou a jogar bem e animou a torcida com esperanças de dias melhores.

Anúncio do "Drop" e "Saffee" - Divulgação / MIBR

Anúncio do "Drop" e "Saffee" - Divulgação / MIBR

No final do ano de 2023, o Made in Brazil anunciou a entrada em um nova modalidade, o time expandiu suas operações para o League of Legends com um time inclusivo, parte do elenco passou em um processo seletivo, como uma clássica paneira.

Entrar no LOL era uma busca antiga da organização que projeta expandir para o cenário principal no futuro.

“A minha vontade de expandir para o LoL é pública, eu já falo isso há um tempo, e vamos ver. Expansão para o LoL, eu digo não na Ignace Cup (modalidade que o MIBR já está presente com a line inclusiva), mas a gente ter um time para jogar um cenário do CBLoL, a ideia é fazer esforço para que quem sabe a gente consiga estar lá em 2025”, contou a CEO do MIBR.

Em dezembro o MIBR ainda foi agraciado com um troféu no Prêmio Esports Brasil (PEB), mais especificamente Felipe "insani" Yuji, que venceu como “Atleta revelação do ano” dentre todas as modalidades de esportes eletrônicos.

"Insani" com o troféu de Atleta Revelação do ano de 2023 - Reprodução / Redes Sociais

"Insani" com o troféu de Atleta Revelação do ano de 2023 - Reprodução / Redes Sociais

Quando teve a oportunidade no elenco principal, em janeiro de 2023, Insani passou a se destacar com ótimas performances individuais e ajudou o MIBR a ter bons desempenhos internacionais e a chegar à 15ª posição no ranking mundial do site HLTV.org.

2024 e o futuro da organização mais tradicional dos Esportes Eletrônicos brasileiro

Como tem sido de costume para os torcedores, o MIBR anunciou todas as novidades para a temporada de 2024 em um vídeo com participação do cantor Mc Marks, a música-tema do ano teve o nome de “Nascidos para o mundo”.

Esse sem dúvidas foi o maior anúncio da organização, além de apresentar os influenciadores, a camisa para nova temporada, o time anunciou a escalação de oito lines, CS:GO Masculino, inclusivo e academy, Valorant Masculino e inclusivo, League of Legends inclusivo, Free Fire e Rainbow Six Siege.

A nova camisa é predominantemente azul-marinho, com logo e detalhes em branco, a camisa oficial de 2024 estampa três estrelas, referentes às conquistas dos campeonatos mundiais vencidos pelo MIBR na época do Counter-Strike 1.6.

Valorant

Line de valorant masculino 2024 - Divulgação / MIBR

Line de valorant masculino 2024 - Divulgação / MIBR

Depois de uma temporada ruim em 2023, o time de Valorant para 2024 teve a adição de Matheus "mazin" e Arthur "artzin" e do treinador norte-americano Daniel "fRoD". Ficando da seguinte forma, João Pedro "jzz", Leandro "frz", Matheus "RgLM", Matheus "mazin", Arthur "artzin", Matheus "bzkA" e Daniel "fRoD" ambos da comissão técnica.

Porém a equipe manteve o péssimo desempenho no VCT Américas Stage 1, após o primeiro semestre de 2024 ruim, o MIBR anunciou a saída do treinador campeão do mundo bzkA e dos jogadores Jzz, Frz e RgLM, no lugar deles entraram Davi "Palla" Alcides, Gabriel "rich" Rosa e Felipe "liazzi" Galiazzi  

As mudanças não surtiram efeito, no VCT América Stage 2 o MIBR novamente disputou as últimas colocações da competição, ficando fora de qualquer possibilidade de classificação para o mundial da modalidade. Sem mais partidas até o fim de 2024 a line passará por uma reformulação que ainda não foi anunciada

Valorant Inclusivo

Line de Valorant Inc 2024 - Divulgação / MIBR

Line de Valorant Inc 2024 - Divulgação / MIBR

Esse foi o elenco que mais teve reformulações de um ano para o outro. Foram contratadas Julia "Jelly", que estava na LOUD; Nicolas "srN", Camila "sayuri" e Melissa "mel", as três ex-Legacy; e Juliana "jubs", que jogava na w7m esports.

Chamado de 'Exódia', o time inclusivo do MIBR chegou para se tornar o melhor elenco do cenário. As mudanças trouxeram resultados ao Made in Brazil. Logo no início de 2024, a equipe ficou em segundo lugar no VCT Game Changers Stage 1, uma espécie de campeonato brasileiro da modalidade.

Entretanto, em agosto e outubro de 2024, o MIBR conquistou os estágios 2 e 3 da competição, garantindo assim uma vaga no mundial que ocorrerá no final do ano. Esse título é especialmente significativo, pois marca a primeira vez na história da competição que um time diferente da Team Liquid consegue se classificar para o mundial

MIBR campeão do VCT Game Changers - Divulgação / MIBR

MIBR campeão do VCT Game Changers - Divulgação / MIBR

Esse é o elenco que vive a melhor fase dentre todas as modalidades que o Made in Brazil está participando.

League of Legends inclusivo

Line de LoL inclusiva 2024 - Divulgação / MIBR

Line de LoL inclusiva 2024 - Divulgação / MIBR

O time inclusivo de League of Legends apresentou três novidades: Nakano "Miyahara", Tainá "Yatsu" e Letícia "Miss" que se juntaram a Elisa "Lisashow" e Ana Julia "Cuteness", as únicas remanescentes da temporada passada. O trio contratado substitui Valentina "Valuxitax", Bianka "Muph" e Ayla "Ayla".

A modalidade não tem um calendário cheio de competições e por muitas vezes acaba sendo esquecido até pela torcida, o MIBR em 2024 disputou apenas duas competições e não foi bem e nenhuma delas, em julho Lisashow saiu da equipe, atualmente o Made in Brazil não tem um elenco fechado.

Free Fire

Line de Free Fire 2024 - Divulgação / MIBR

Line de Free Fire 2024 - Divulgação / MIBR

O time de Free fire de um ano para o outro teve apenas a adição de Gabriel "FON" ao elenco, em substituição a Erick "Zetsu9". A equipe não conseguiu ter boas atuações nos campeonatos disputados e ficou de fora do mundial na Árabia e no Brasil.

Fon ainda deixou a equipe no meio do ano, hoje o elenco segue com João Victor "João7", Erick "Pitbull", Irllan "RIGBY" e Richard "STARK"

Rainbow Six Siege

Com resultados ruins desde 2022, o MIBR decidiu manter no elenco apenas Diogo "Fntzy" e Rennan "R4re" da temporada passada e contratou José "Bullet", marcando o retorno dele à organização depois de quase três anos, Kaik "Gomess" e Rafael "Semper".

Line de R6 2024 - Divulgação / MIBR

Line de R6 2024 - Divulgação / MIBR

Porém essa escalação não durou muito tempo, Fntzy e Semper deixaram a organização pouco tempo depois, para o seu lugar deles Lucca "yektz"  e Felipe "Maquina" chegaram. Os resultados não foram muito diferentes do que a torcida já ficou acostumada.

Faz 2 anos e 8 meses desde a última classificação do mibr R6 para os playoffs de alguma competição. A última vez foi no Invi 2022. 2 anos fora dos mundiais e de qualquer playoffs nacional.

Counter-Strike 

O time academy do MIBR passou por uma reformulação durante o ano, hoje a line é composta por Cauã “card” Cardoso, Diogo “Diozera” Nunes, Matheus “mlhzin” Marçola, Bruno “Brn$” Araújo e Renan “Renanzin” Foganholi.

O time inclusivo teve resultados ruins durante todo o ano e também passa por uma reformulação, hoje oficialmente a line tem apenas três jogadoras confirmadas, são elas Bruna "Babs" Nycoly, Daniele "dani" Cavallar e Gabriela "GaBi" Maldonado.

Chegando na principal escalação do MIBR, o CS Masculino teve um ano de altos e baixos em 2024. Em janeiro a organização ainda contava com a mesma line de 2023  que ficou em 15ª colocado no Ranking da HLTV.org, considerado como o ranking mundial. André "drop", Breno "brnz4n", Felipe "insani", Raffael "saffee" e Raphael "exit".

MIBR na ESL Challenger Katowice 2024 - Divulgação / MIBR

MIBR na ESL Challenger Katowice 2024 - Divulgação / MIBR

A equipe deu início a 2024 competindo nas classificatórias sul-americanas para eventos internacionais, realizadas no Brasil. Infelizmente, a equipe não conseguiu conquistar nenhuma das três vagas em disputa, o que gerou preocupações entre os torcedores sobre o desempenho e potencial do time.

Logo depois, o MIBR viajou para a Europa, onde passou um mês em um intenso período de bootcamp para se preparar para o RMR do PGL CS2 Major em Copenhague 2024. A organização chegou com boas expectativas de classificação para o Major, sendo vista como uma das principais candidatas. No entanto, o desempenho foi muito aquém do esperado, deixando resultados abaixo do planejado.

Pela primeira vez na história o time brasileiro ficou três vezes seguidas fora do principal campeonato da modalidade. A organização decidiu por mudanças na comissão técnica, Marcos “ Tacitus” Castilho até então auxiliar técnico deixou o time para ser Head Coach do Fluxo.

Renato “nak” Nakano assumiu a função de treinador, enquanto Bruno “BIT” Fukuda foi para o cargo de assistente técnico, focando mais na parte tática do jogo.

As mudanças rapidamente surtiram efeito, o MIBR acumulou vitórias, em um mês, a equipe conseguiu duas vagas para grandes eventos internacionais — BetBoom Dacha Belgrade 2024 e Esports World Cup 2024 — e chegou a acumular 22 vitórias em 24 partidas disputadas pós-RMR.

Em abril de 2024, o MIBR foi para a disputa da GET Rio, campeonato com equipes brasileiras e internacionais disputado no Rio de Janeiro. Fazia cinco anos que a line de Counter-Strike não jogava no palco de frente com a torcida brasileira. 

"A torcida do MIBR é 100% fundamental, presencialmente são sempre muito respeitosos com a gente estão sempre nos apoiando e dando força onde quer que estejamos", disse Raphael "Exit" Lacerda.

Torcidas organizadas do MIBR em evento presencial no Rio de Janeiro - Foto / @guilherme.efotografo

Torcidas organizadas do MIBR em evento presencial no Rio de Janeiro - Foto / @guilherme.efotografo

Durante o campeonato, o Made in Brazil venceu a equipe dinamarquesa da OG e o clássico contra a Furia, porém perdeu para os compatriotas da Pain, ficando com a 3ª colocação na competição e levando cerca de US$ 20 mil (R$ 104 mil) para casa.

Ainda no mês de abril, o MIBR foi campeão da ESL Challenger Melbourne, depois de derrotar a Aurora por 2 a 0. Neste domingo, os brasileiros ganharam a final e ficaram com o título do torneio internacional. Antes de chegar à final, o MIBR derrotou a Apeks por 2 a 1 na semifinal com direito a 13-0 no mapa decisivo do confronto.

Com o triunfo na ESL Challenger Melbourne, o MIBR voltou a conquistar um título em LAN após seis anos. Desde 2018, a equipe não ganhava um campeonato presencial de nível tier-A ou superior, e esse resultado marcou o retorno da organização ao topo em competições de alto nível disputadas presencialmente.

MIBR campeão da ESL Challenger Melbourne Reprodução / ESL

MIBR campeão da ESL Challenger Melbourne Reprodução / ESL

A última conquista de um campeonato tier-A em LAN do MIBR havia sido em agosto de 2018, quando a organização levou a ZOTAC Cup Masters. Na ocasião, a lineup contava com Fernando "fer" Alvarenga, Gabriel "FalleN" Toledo, Jacky "Stewie2K" Yip, Marcelo "coldzera" David e Tarik Celik.

O MIBR emendou em três eventos na Europa depois de Melbourne, mas não conseguiu desempenhar no mesmo nível contra adversários de alto calibre. Os brasileiros acabaram eliminados na fase de grupos da BetBoom Dacha Belgrade 2024, CCT Season 1 Global Finals e ESL Challenger Jönköping 2024.

O início do segundo semestre também foi bem abaixo do esperado, porém em setembro de 2024 o MIBR fez uma campanha histórica na ESL Pro League S20, considerado como o campeonato mais difícil da modalidade e que reúne os principais times do mundo, o Made in Brazil ficou na 3rd - 4th colocação.

A equipe voltou a disputar um playoff da ESL Pro League após seis anos. A última vez em que os brasileiros estiveram no server para a disputa da fase decisiva do torneio foi em 2018. Na oportunidade, disputando a ESL Pro League Season 8: Finals, a equipe brasileira também chegou até as semifinais da competição.

Porém mesmo com o resultado expressivo, logo depois da ESL Pro League a equipe trocou um player da escalação, Lucas "Lucaozy" Neves foi anunciado como novo jogador do MIBR, para o lugar de Breno “Brnz4n” Poletto, o jovem estava no time titular a mais de dois anos.

Lucaozy novo jogador do MIBR CS2 - Divulgação / MIBR

Lucaozy novo jogador do MIBR CS2 - Divulgação / MIBR

A mudança ainda não havia surtido efeito, acendendo o sinal de alerta para a organização. O MIBR ainda não tinha “engrenado”. Apesar disso, realizou um intenso bootcamp focado no classificatório do Major na China, que aconteceu no início de novembro.

A equipe estreou no RMR (classificatório para o Major) enfrentando os argentinos da "KRU", vencendo por 13 a 5 e abrindo 1-0 na competição. Na segunda partida, o Made in Brazil enfrentou a "Imperial". Mais uma vez, o MIBR teve uma ótima atuação e saiu vitorioso, com o placar de 13 a 9.

Na partida decisiva, os brasileiros enfrentaram os americanos da "Complexity". O MIBR dominou a MD3 e venceu por 2 a 0, garantindo, após três edições ausente, sua volta ao maior campeonato de Counter-Strike. Enfim, a "Seleção Brasileira" está de volta a um Major.

Reportagem atualizada (13/11/2024)


Divulgação / MIBR

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2003

A FUNDAÇÃO DO MIBR

2006

O PRIMEIRO MUNDIAL

2006

O BICAMPEÃO MUNDIAL

2007

TRICAMPEÃO MUNDIAL

2010

MIBR.GIRLS

2012

UMA PAUSA NA HISTÓRIA

2016

A QUASE VOLTA!

2018

DE VOLTA AO GAME

2019

RESILIÊNCIA PARA SEGUIR

2020

O PLANO D' MIBR

2021

CONTRA TODOS

2022

A NOVA ERA!

2023

20 ANOS DE HISTÓRIA E MUITO MAIS

2024

NASCIDOS PARA O MUNDO

MADE IN BRAZIL

2003 -2024

MIBR RAP CLUBE

No meio do ano de 2024, o MIBR deu mais um passo para expandir suas operações, o lançamento do MIBR Rap Clube. O projeto traz três MCs do país – Neo, Apollo e Maria – para representar a marca no universo competitivo das batalhas de rima.

A equipe oferece uma estrutura de suporte, como fisioterapeuta, psicólogo, nutricionista, um escritório dedicado à criação de conteúdo e salário aos cantores. Torcedor do MIBR, Vinicius deu sua opinião sobre o projeto “fora da caixinha” da organização de esportes eletrônicos.

“Particularmente, acho que o trabalho que o MIBR faz nessa questão de aproximar pessoas, trazer mais pessoas a acompanhar o MIBR, é muito bom. Principalmente pelo mais recente fato do MIBR Rap Club. E acabou dando muito certo esse projeto. Porque muita gente que era do rap começou a acompanhar o MIBR por causa deles. E isso é um trabalho muito bem feito do MIBR. E que, óbvio, eles podem ampliar e transformar isso cada vez maior. Mas eu, particularmente, considero que eles fazem isso muito bem. Principalmente por esse sucesso instantâneo que foi sobre o MIBR Rap Club”, comentou o torcedor José Vinicius.

A atual CEO do MIBR Roberta Coelho também comentou sobre o novo projeto da organização e a importância dele para o time brasileiro.

“E a gente foi reposicionando a marca do MIBR para ser uma marca que entrega, além de só um logo na camisa. Então, a gente faz vlogs, a gente faz conteúdo, a gente faz música, a gente tem o MIBR Rap Club agora, a gente fala de diversidade, a gente é super inclusivo. Hoje, o MIBR é uma marca presente dentro do universo de games que fala 360 com o nosso universo. Então, eu falo com a comunidade, mas eu falo com a comunidade de música que gosta de games, eu falo com a comunidade feminina que batalha para poder estar presente dentro do mundo dos games, e com toda a comunidade LGBTQIAPN+, que também batalha para estar dentro”, disse Roberta Coelho.

O TRIO DO MIBR

Maria

Maria, cantora de RAP do MIBR - Divulgação / MIBR

Maria, cantora de RAP do MIBR - Divulgação / MIBR

Maria, de 19 anos, campeã do mar de monstros (es), campeã da batalha da norte, campeã da batalha da leste e bicampeã da batalha do coliseu (RJ).

Começou a rimar com 11 anos, mas sua primeira batalha foi aos 14. Recentemente o Will Smith postou um corte de uma de suas batalhas que viralizou pelo mundo em diferentes línguas. Já  batalhou no SBT e é uma das embaixadoras do Habib S. Nascida em Pernambuco ,mulher preta e símbolo de resistência.

Apollo

Apollo, cantor de RAP do MIBR - Divulgação / MIBR

Apollo, cantor de RAP do MIBR - Divulgação / MIBR

Apollo, de 22 anos, é o terceiro maior campeão da Batalha da Aldeia, líder do Ranking anual e campeão da última temporada, aos 17 anos foi campeão Estadual de SP, ganhou o aniversário de 5 anos da BDA e coleciona títulos em todo o país. Figura entre os melhores do país desde que surgiu, o ritmo é pra cima.

NEO

NEO, cantor do MIBR de RAP - Divulgação / MIBR

NEO, cantor do MIBR de RAP - Divulgação / MIBR

Neo BXD, 26 anos, campeão de 2 aniversários da Batalha da Aldeia e Campeão do Ranking anual da Aldeia em 2022. É o maior campeão da Aldeia de fora de SP. Maior campeão da Batalha do Coliseu com 28 títulos e maior campeão do Mar de Monstros (ES).

Campeão Mainstreet Festival. Atualmente também começa a figurar no ramo musical. Possui parcerias com Papatinho, Pineapple, Rock Danger e NGC Records. Considerado por todos os fãs de batalha de rima como um dos maiores de todos os tempos e representante da Baixada Fluminense. Bem vindo ao RIO DE JANEO.

Divulgação / MIBR

Divulgação / MIBR

O FUTURO DO MADE IN BRAZIL

A reportagem perguntou para todos os entrevistados o que eles esperam para o futuro do MIBR, Paulo Velloso, fundador da equipe, disse que espera que o time volte ao topo do mundo.

“Eu espero que volte a 2006, que foi um grande ano mesmo, que volte no ano daquele, mas eu só espero como torcedor. Minha vontade é que realmente o time volte a ser um top team, que volte a ser Brasil, óbvio que eu respeito a Fúria, respeito a Imperial, respeito a paiN, respeito todo mundo, mas o MIBR é o MIBR. É o Made in Brasil, é o time do Brasil, é o time que conseguiu ganhar as coisas todas e que pode ganhar de novo. Eu vejo muito mais potencial no Made in Brasil do que em qualquer outro, até porque já ganhou.” Disse Paulo.

Roberta Coelho também falou sobre o que pensa para o futuro da organização que ela comanda.

“Para o MIBR, e aí eu falo muito desde a minha chegada, o meu olhar sempre foi esse olhar de negócio, eu sei que a torcida às vezes reclama e tal, mas a gente nunca deu um passo maior que a perna aqui, muito com a preocupação dessa longevidade, porque dar um passo maior que a perna às vezes não é sinônimo de longevidade, então a gente está crescendo e a gente continua crescendo num tamanho de passo que cabe nas nossas pernas, eu quero sim expandir a marca”, contou a CEO.

Além disso, ela também comentou da importância do MIBR para o universo de Esportes Eletrônicos e todo o peso que é representar o time mais tradicional desse ecossistema. 

“Eu acho que o MIBR, na verdade, é o que a gente costuma brincar aqui, é que o MIBR ensinou o brasileiro que esports era algo para se torcer, para sofrer. Então, o MIBR começa a jogar, competitivamente falando, lá no início dos anos 2000, e é campeão pouco tempo depois, é campeão mundial. Então, assim, começa a se destacar nesse universo de esports na cena internacional. E começa a levar a bandeira do Brasil para pódios importantes, né? E eu acho que é interessante a gente falar sobre esse passado, porque o passado do MIBR, de muito sucesso, de ter sido pioneiro nessa comunidade e tal, ele marca muito a nossa vida hoje, né? Positiva e negativamente, né? Faz parte desse nosso passado de sucesso. Ele é o motivo pelo qual a gente ainda continua sendo uma tag lendária, famosa, que tem uma comunidade apaixonada, mas, por outro lado, esse passado de sucesso também traz um peso, né? É uma responsabilidade que, para nós, como gestores da organização, ela acaba sendo maior”, disse Roberta.

O jogador que mais vestiu a camisa do MIBR, Raphael "Exit" Lacerda também comentou suas expectativas para o futuro.

"As minhas expectativas estando no MIBR sempre são altas. Nós temos a melhor estrutura possível para apenas nos preocuparmos em jogar CS e com certeza temos um time muito capaz pra alcançar o topo", disse o jogador.

Ele também falou da importância do Made in Brazil no cenário de esports e suas expectativas par o futuro dos Esportes Eletrônicos.

"O MIBR com certeza é um dos principais responsáveis pelo cenário de esports no Brasil estar crescendo tanto hoje em dia, pois quando tudo era mato, o MIBR já era uma organização gigante e profissional, sendo um espelho para os outros times que vieram depois, acredito que o cenário de CS, tanto mundialmente quanto nacional, tem evoluído muito nos últimos anos. Tem tudo se tornado muito profissional, com enormes patrocinadores entrando, times conseguindo se manter por mais tempo no cenário e grandes campeonatos acontecendo. Tem cada vez mais se aproximado dos esportes tradicionais", afirmou o Exit.

Apaixonado pelo MIBR e torcedor fiel da organização, Vinícius também deu sua opinião sobre o futuro da organização.

“Para o futuro desta line de CS, eu realmente espero que ela vá surpreender, que ela vá bater lá em cima, que ela vá bater de frente com os grandes. Sobre os outros esportes, eu sinto que o MIBR ainda está um passo atrás”, afirmou Vini.

O jornalista Roque Marques falou sobre o futuro do time no competitivo de Counter - Strike.

“Se o MIBR quer mesmo virar essa chave, quer voltar a ser competitivo, ele precisa fazer uma mudança igual a que ele está fazendo agora (entrada do Lucãozy), então muita gente, falando “ah, mas não é a hora de mudar”, mas tipo assim, cara, é a hora do MIBR ficar de fora de mais um major? Também acho que não. E com todo respeito a todos os jogadores do MIBR, nenhum deles é melhor que o Lucãozy, na minha opinião, acho que o Insani é obviamente muito bom também, talvez seja parelho, mas qualquer um dos outros quatro saindo para dar espaço ao Lucão, é uma tentativa da diretoria de ter um resultado competitivo melhor”, disse Roque.

Roque também falou um pouco sobre a importância do MIBR no cenário de esportes eletrônicos, para o jornalista o MIBR é o maior time da história dos esports no Brasil.

“Então acho que a importância do MIBR é pioneirismo puro, tipo assim, puro, puro, puro, eu tenho um podcast no GE que a gente fez uma vez, né, que eu defendo o MIBR como a maior organização da história dos esports no Brasil, e enquanto a galera estava comigo, não lembro exatamente quem eram os convidados mas dizem que é a paiN, por mais que eu respeite muito a paiN, e acho que existem argumentos para que a paiN seja, ainda acho que é o MIBR pelo protagonismo que teve no seu momento até em cenário mundial e pelo pioneirismo que teve aqui dentro, tem essa coisa pra mim. Por mais que a Loud tem os números, a FURIA tem isso, a paiN tem aquilo, pra mim o MIBR é a mais relevante. E é muito legal a gente ter essa marca ativa até hoje, mesmo que a fase esportiva não seja a melhor do mundo, é legal ter, pelo menos um pouquinho daquilo, que foi no passado sendo representado até hoje, então, o MIBR é um capítulo muito importante da história do Counter Strike no Brasil, dos esports no geral”, comentou o jornalista.

A trajetória do MIBR ao longo dos anos reflete as transformações e desafios dos esports no cenário brasileiro e internacional. Desde os momentos de glória em campeonatos icônicos até as recentes batalhas para retomar a relevância no cenário competitivo, a organização sempre demonstrou uma forte capacidade de reinvenção e persistência.

A expansão para novas modalidades, a estruturação com profissionais renomados e a retomada de vitórias presenciais indicam que o MIBR está determinado a recuperar o protagonismo que marcou sua história. 

A presença da equipe em torneios internacionais, embora nem sempre resultando em vitórias, reforça a dedicação em elevar o nível de jogo e responder às expectativas dos torcedores.

Com um mercado de esports em constante crescimento e profissionalização, especialmente no Brasil, o MIBR se mantém como um símbolo de referência e resistência, lembrando que, mesmo diante de altos e baixos, seu legado e impacto no universo dos esportes eletrônicos permanecem vivos.

Divulgação / MIBR

Divulgação / MIBR

Trabalho de graduação - JORNALISMO UNIVAP

28/10/2024 --- Por Marcelo Sarlo

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